E o que há de bom?
Meu velho pai sempre dizia: ‘Quem só sabe enxergar defeitos é incapaz de vislumbrar virtudes’… Isso é uma grande verdade. Bem… estou a pensar que o tão-só fato de possuirmos em nosso elenco o Neto e o Santos (goleiros), o Manoel, o Bruno Costa, o Márcio Azevedo e o Marcelo, já é razão bastante para estarmos otimistas. São eles meninos de excepcionais predicados enquanto jogadores de futebol. A eles ainda se pode somar as inegáveis qualidades técnica e experiência de Paulo Baier, Alan Bahia, Claiton e Alex Mineiro; o espírito de luta e a eficiência do Valencia e as fundadas esperanças que se pode ter no futebol dos dois outros colombianos que chegaram (Serna e Vanegas) e no do argentino Toledo, também recém-chegado. Não se pode também excogitar o potencial que possuem o Wallyson e o próprio Patrick (quanto ao primeiro, tem que aprender a correr com a bola dominada mais perto dele e adquirir mais personalidade e, quanto ao segundo, ser mais determinado e entender que atacante é como pistoleiro do velho oeste americano: quando mais intrépido e rápido, melhor). Como se pode ver, com mais um ou dois jogadores de qualidade, temos sim uma equipe competitiva; talvez não para efetivamente disputar títulos (Copa do Brasil, Campeonato Nacional ou Libertadores), mas, pelo menos, para não se deixar vencer em seus próprios domínios com facilidade e até para, vez por outra, dar um beliscada fora de casa. De repente, nesse diapasão, no final chega-se no cume da tabela e, aí, vai falar a raça e a vontade (ou alguém acha que o Flamengo, com Leo Moura e Angelim, tinha condições de ser campeão brasileiro?). Outra: o Lopes é um excelente treinador sim e vai fazer outro bom trabalho no Clube – talvez seja ele o técnico de maior importância em toda a nossa história, exceto o Geninho, pelo título nacional em 2001-. Finalmente, quero dizer aos irmãos atleticanos de todas as idades que fico meio aborrecido quando os vejo se degladiando com palavras ásperas nesse Fala, Atleticano. Pensem bem: o Atlético precisa de todos nós e não somente de uma ou outra facção etária ou ideológica. O Atlético deve ser a síntese da unidade de toda essa heterogeneidade -como, aliás, sempre foi. Não vamos nos ofender; não vamos nos magoar; não vamos deixar o nosso Atlético sucumbir dispersando-nos. O ATLÉTICO DEVE NOS UNIR E ESSA UNIÃO É QUE NOS VAI FORTALECER MAIS E MAIS, SEMPRE.