Ultimamente muito tem se falado nos tais ex-funcionários do Atlético que são procuradores de inúmeros jogadores nossos, inclusive do zagueiro Ronaldo, que não renovou contrato e assinou com o Internacional. Na coluna de hoje do Augusto Mafuz ele faz denúncias graves que espero que desta vez tenhamos respostas, segue a coluna:

“Grande homem

Ouvi por inteiro a entrevista na Transamérica do presidente Marcos Malucelli, do Atlético. Confirmou ser verdadeiro o texto do e-mail a ele atribuído, que mandou a Mário Celso Petraglia, e tornou públicos a equação financeira e os beneficiários da cessão do atleta Alex Sandro para um clube uruguaio de nome Maldonado.

Deu uma lavada de moral e de transparência. Dizer que o Atlético tem um grande presidente é questão de ponto de vista; mas dizer que o Atlético tem um homem honesto e de coragem na presidência, é uma obrigação para aqueles que prezam o clube como um valor de vida.

A cessão de Alex Sandro para o clube uruguaio no mínimo coloca quinze anos de ideal sob suspeição.

Aos fatos: o jogador era infantil do Atlético, e foi desviado (esse é o termo técnico) para uma associação de nome CAPA, que havia sido atraída por Petraglia como parceira. Um ano depois, o menino voltou ao Atlético, que já não tinha mais os 100 por cento dos direitos, porque 30 por cento haviam ficado com o CAPA.

Pelo jogador, o Atlético exigiu 2 milhões euros líquidos. Não pagaria comissão para empresário. Petraglia, que representou os investidores, pediu então, o valor final fosse de por 2 milhões e 200 mil euros. O Atlético exigiu que fossem indicados expressamente os empresários que seriam beneficiados pela comissão de 200 mil euros. Foram: 70 mil euros para a empresa de Alexandre Rocha Loures, Ruy Paciornick e Pablo, ex-funcionários do Atlético; e, 130 mil euros para a empresa de Carlinhos Sabiá.

Como Alex Sandro, existem mais 30 jogadores que eram integralmente do Atlético, foram desviados para o CAPA e depois voltaram para o Atlético, mas que aí já não tinha mais 100 por cento.

De tudo isso, ficaram algumas questões a serem investigadas:

a.- Como Alexandre Rocha Loures, Ruy Paciornick e Pablo irão receber comissão de empresários se são agentes FIFA? A FIFA proíbe.

b.- Quem é o dono do CAPA? Existe algum sócio oculto?

c.- Não seria o caso da diretoria do Atlético buscar a declaração judicial de nulidade de todos os contratos com o CAPA, em razão de um conflito de interesses entre pessoas?

d.- Quem são os donos do Maldonado do Uruguai, que adquiriu o atleta? Não estariam usando um paraíso fiscal como ponta para fugir de tributos no Brasil?

AUGUSTO MAFUZ”

E agora? Alguém vai se pronunciar? Petraglia? Malucelli? O trio de empresários? Vamos cobrar.