6 mar 2010 - 14h49

Um mosaico para bater recorde

Quando o time do Atlético entrar em campo neste domingo, para o clássico Atletiba, será recepcionado por uma maneira diferente pelos torcedores na Arena da Baixada. Depois de mais de um ano, novamente a Baixada sediará uma edição do Mosaico Furacão, que desta vez traz como inovação o tamanho: pela primeira vez o mosaico atingirá simultaneamente dois setores do estádio, as retas da Getúlio Vargas Superior e Inferior.

A iniciativa, trazida de forma pioneira pela torcida atleticana em 2005, chega à sua 12ª edição, tendo como característica sempre apoiar e incentivar o Atlético e os atleticanos em momentos importantes na história do clube. Nesta edição, o Mosaico Furacão conta com o apoio da Torcida Organizada Os Fanáticos e fará justamente uma referência ao fato de o Atlético ter uma das maiores e mais vibrantes torcidas do país.

Confira a entrevista exclusiva que a Furacao.com fez com a presidente da Comissão de Mosaicos, Mariana Monteiro, que conta a expectativa para este mosaico e os projetos do grupo para 2010:

Como será o mosaico do próximo domingo?
A volta do Mosaico nas arquibancadas da Arena será uma grande festa em parceria com a Torcida Os Fanáticos. Dessa vez com uma novidade, expandiremos para dois setores ao mesmo tempo, já que a formação do desenho acontecerá tanto no setor Getúlio Vargas inferior, como na superior.

A ideia é realmente ir expandindo o mosaico para diversos setores do estádio?
Com certeza, essa idéia de expandir o Mosaico sempre existiu. Fora do Brasil é muito comum que se cubra o estádio todo com desenhos e cores, então como já fomos pioneiros em trazer essa iniciativa para o futebol brasileiro, nossa intenção agora é sempre estar inovando para ajudar na produção de festas cada vez mais bonitas na Baixada.

A expansão é uma consequência da realização de mosaicos por outras torcidas do Brasil, em especial no Rio de Janeiro?
Consequência não, já que o plano de expansão sempre houve, mas como até 2005 não existia nenhum registro de Mosaicos aqui no Brasil, então era necessário criar o que chamamos de “cultura de mosaico”, ou seja, que os torcedores se acostumassem a encontrar em suas cadeiras um painel e soubessem que deveriam levantá-lo na entrada do time. Com isso, começamos por um setor menor (Buenos Aires superior) e com bastante visibilidade para os jogadores. Depois de fazer 10 edições, resolvemos ir para um desafio maior e em 2008 fizemos na Getúlio Vargas inferior, que é quase o dobro de painéis da Buenos Aires superior. Agora em 2010, juntamente com a Fanáticos, decidimos unir forças e aumentar ainda mais o desafio, levando para os dois anéis da Getúlio o Mosaico. Existem ideias de realizar o Mosaico em todos os setores ao mesmo tempo, mas é claro que com um desafio tão grande temos de nos preparar, tanto logisticamente quanto financeiramente, mas novidades virão a este respeito. Sobre outras torcidas que estão também realizando os Mosaicos ficamos felizes de ver que a “moda” pegou aqui no Brasil, só traz coisa boa, embeleza e envolve a torcida. Temos um relacionamento com algumas, em que trocamos ideias.

Nas últimas edições, os mosaicos tinham um tema, uma mensagem especial para o time e os torcedores. Qual será a mensagem que este mosaico pretende transmitir para ajudar o Atlético no clássico?
Como sempre o Mosaico serve para deixar a festa ainda mais bonita na Baixada e enaltecer o amor que todos os atleticanos sentem pelo Clube. Nesta edição, além de homenagear o Atlético, estaremos mostrando ao Brasil inteiro que temos a maior torcida organizada do Sul do país.

Qual o tamanho deste mosaico – quantos painéis, quantas pessoas envolvidas na organização?
Para o Mosaico do próximo domingo, teremos 8.082 painéis distribuídos nos anéis superior e inferior do setor Getúlio Vargas. Para isso, tivemos que comprar 3 mil e 100 metros de TNT, que cortamos e organizamos em dois finais de semana para que no domingo cheguemos cerca de 2 horas antes dos portões abrirem e distribuir corretamente os painéis nas cadeiras. Neste trabalho estão envolvidas cerca de 25 pessoas, desde a compra do material até a organização do mosaico em si.

Como foi a captação de recursos para a realização deste mosaico?
A captação dos recursos basicamente está sendo a rifa que começamos a vender no dia 24 de fevereiro, tanto pela internet quanto pessoalmente. A rifa tem 1500 números, até agora foram vendidas cerca de 600, por isso continuaremos a venda nos próximos jogos. A data limite para o sorteio é dia 25 de abril, mas se conseguirmos vender todos números antes, faremos uma nota no nosso site avisando, e no jogo seguinte faremos o sorteio publicamente. Quem quiser adquirir seu número virtualmente é só depositar na conta do Mosaico (Banco Itaú Agência 4011 Poupança 60023-8/500 Luiz Francisco de Souza) e enviar para equipe@mosaicofuracao.com.br o comprovante, assim enviaremos os números correspondentes. As rifas custam R$2,00 cada, a premiação é uma camisa do goleiro Neto, autografada, doada pelo mesmo para ajudar a torcida, uma forma de que ele encontrou de retribuir todo o carinho que vem recebendo da nossa nação rubro-negra. A parte superior do Mosaico a Fanáticos se prontificou a pagar, assim diminuindo significativamente o custo para a Comissão.

Qual o pedido/orientação da comissão para os atleticanos no domingo, durante a realização do mosaico?
Para os torcedores que ficam no setor Getúlio Vargas, superior e inferior, orientamos e pedimos que não mudem seus painéis de lugar e que na hora que virem o time entrando em campo levantem um pouco acima do rosto o painel, segurando por cerca de 2 minutos. Qualquer dúvida teremos integrantes espalhados por todo o setor para orientação, em sua maioria com o colete azul de identificação. Para os demais torcedores é de suma importância que eles também nos ajudem, tirando fotos e filmando para nosso acervo. Além disso, precisamos que a ajuda financeira continue, através da rifa da camisa do goleiro Neto que estará sendo vendida com os integrantes do Mosaico, é importante que o torcedor verifique se a rifa tem um carimbo do Mosaico, para se assegurar que o mesmo faz parte da Comissão.

A comissão ficou mais de um ano sem promover novos mosaicos. Por que este tempo parado?
Nossa última edição aconteceu em setembro de 2008, quando o time passava por uma fase muito ruim e que precisava “renascer das cinzas” – tema do layout que era uma Fênix, para permanecer na elite do futebol brasileiro. Em 2009 uma série de dificuldades atrapalhou a iniciativa de mosaicos. Entre elas, podemos citar a falta do torcedor na entrada do time, já que com o sistema de sócio torcedor, que ficou evidentemente mais forte neste último ano, os torcedores começaram a se habituar a chegar em cima da hora nos jogos, muitas vezes acumulando filas na entrada. Isso faz com que muita gente perca a entrada do time em campo, o que para nós é de suma importância, uma vez que se faltam muitos torcedores na hora da composição ela sai falha. Também atravessamos por uma fase ruim do time, pois tínhamos como filosofia que o Mosaico deve acontecer em jogos especiais para a história do Atlético. Outro fator foi a mudança da diretoria, com a nova administração perdemos nosso contato dentro do Clube, o que demorou um pouco para ser restabelecido de uma forma mais consistente, como encontramos agora.

A ideia é este ano manter uma freqüência maior de mosaicos na Arena?
O projeto da Comissão para o ano de 2010 foi enfrentar as maiores dificuldades, com isso nos reaproximamos do Clube e idealizamos ter no mínimo mais dois Mosaicos, além deste para o Atletiba. Provavelmente ocorrerá um na semana de aniversário do Atlético e outra ideia é um para o Brasileiro com menção à Copa na Arena.



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