9 mar 2010 - 16h52

Demissão de técnico segue rotina dos últimos quatro anos

Desde 2006 o Atlético vem iniciando as temporadas com os mesmos treinadores que terminaram o ano anterior no comando. Foi assim com Oswaldo Alvarez, o Vadão, em 2007, Ney Franco em 2008, Geninho em 2009 e Antônio Lopes neste ano de 2010. Todos eles acabaram demitidos após resultados ruins do começo da temporada. Fazendo uma breve comparação entre estes quatro treinadores, podem ser destacadas algumas semelhanças.

Todos os quatro foram contratados quando o Atlético vivia um momento difícil no Campeonato Brasileiro, e todos atingiram o objetivo de manter a equipe na elite do futebol brasileiro, fato que se estende até hoje, com o Furacão sendo o único representante do Paraná na primeira divisão.

A escassez de taças conquistadas também é, infelizmente, uma marca do quarteto. Vadão levou o Furacão à semifinal da Copa Sul-Americana, contra o Pachuca. Porém, no Campeonato Paranaense foi eliminado em casa pelo Paraná Clube. Ney Franco foi vice-campeão paranaense, mas foi eliminado de forma prematura na Copa do Brasil, e em plena Arena da Baixada, pelo Corinthians Alagoano. Geninho é o único dentre os quatro que levantou uma taça: a do Campeonato Paranaense de 2009. Já Lopes foi o único treinador a não disputar a Copa Sul-Americana.

Derrotas e empates em casa decidiram o futuro

Um fato curioso cerca o quarteto. Todos perderam seu cargo após jogos em casa. A lista se divide em duas derrotas e dois empates. Vadão e Geninho sofreram duas goleadas (3 a 0 para o Goiás e 4 a 0 para o Atlético Mineiro, respectivamente) e caíram, sendo que Geninho foi o único dos quatro treinadores a pedir demissão. Já Ney Franco e Lopes empataram contra São Paulo (1 a 1) e Coritiba (1 a 1), respectivamente, e foram demitidos. Dos quatro, apenas Antônio Lopes caiu ainda durante o Campeonato Paranaense.

Aproveitamento

O treinador com melhor aproveitamento entre os quatro é Ney Franco. Em 2008, ele saiu do clube após conquistar a expressiva marca de 66% dos pontos disputados em 48 jogos, com destaque para as 12 vitórias consecutivas que quebraram o recorde que pertencia ao Furacão de 49. Na segunda colocação vem Geninho, com 56,2% de aproveitamento em 46 jogos, seguido por Antônio Lopes, com 54% em 37 jogos e Vadão, com 51,4% de aproveitamento em 59 partidas disputadas.



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