9 mar 2010 - 13h02

Lopes: “Fiquei boquiaberto. Foi coisa política”

Surpresa. Essa foi a reação do técnico Antonio Lopes ao ser comunicado de seu desligamento do clube na noite de ontem. Na manhã desta terça-feira, o Delegado falou pela primeira vez sobre a saída do Furacão, em entrevista ao programa Redação SporTV. Assim como a torcida atleticana, o ex-treinador atleticano também ficou surpreso com a demissão e acredita em motivação política.
Acompanhe abaixo as declarações de Lopes:

A DEMISSÃO
“Fiquei surpreso pelo o que a gente vem fazendo há sete meses à frente da direção técnica do Atlético. Ano passando eles me contrataram e o time estava em 19º lugar, alguns colegas que tinham rejeitado proposta me chamaram de maluco, que eu ia arriscar meu nome, dizendo que o Atlético ia cair. Conseguimos livrar o time do rebaixamento e montamos um bom grupo para o ano seguinte, com algumas contratações, mas começou 2010 e eles desmontaram todo o plantel. Saiu o Galatto, o Wesley, o Rafael Miranda, o Nei e o Marcinho. Tivemos que recomeçar o trabalho e colocamos os jogadores da base, como o Neto, Héracles, Alex Sandro e o Manoel. Fizemos um bom trabalho de aproveitamento dessa gurizada, que até trouxeram frutos econômicos ao clube, como o Alex Sandro, que foi vendido por 2 milhões (de euros), e agora o Manoel está sendo cogitado a ir para o Internacional. Começamos mal a temporada, nossos dois primeiros jogos, após termos feito um trabalho longo de pré-temporada, mas a direção já sabia que no início não teríamos resultados positivos porque não estávamos com a equipe considera titular no momento. Perdemos um jogo, empatamos outro, mas demos uma arrancada boa”.

CAMPANHA
“Estamos há 11 jogos sem perder, contando com a Copa do Brasil, e aqui tem o negócio do supermando, onde o líder joga sete jogos em casa na fase final e eles estão valorizando muito isso. Nós ainda temos condições, temos dois jogos, mesmo o Coritiba tendo quatro pontos à frente. Se eles empatarem os dois jogos e a gente ganhar, ainda podemos assumir a primeira colocação”.

PRESSÃO
“Fiquei boquiaberto com tudo isso, com a minha demissão, foi uma grande surpresa pra mim. Acho que foi política a coisa. Alguns dirigentes disseram que estava havendo uma pressão do conselho pra me tirar. Até disse a eles que se for por resultados, não podiam me tirar de jeito nenhum. Estamos praticamente na final do estadual, passamos à segunda fase na Copa do Brasil e estamos há 11 jogos sem perder. Então falaram em pressão do conselho, como eles sempre dizem”.



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