Há algo repetitivo no nosso time, ano após ano, e se continuássemos com Lopes à frente do comando técnico, com certeza 2010 seria igual a esses anos anteriores. Ou seja, contrata-se um técnico para livrar o time do rebaixamento, e após o sucesso deste, decidem mantê-lo no ano seguinte.

Virou uma ciclo vicioso, Ney Franco, Geninho, e Lopes. Nenhum dos 3, quando assumiu uma postura de técnico no estadual, criou um padrão de jogo para o time, que sempre foi de mediano para fraco, pois devido ao seu sucesso, tornavam-se donos do time.

Com Niehues, sem o trauma da segunda divisão de ano anterior e com uma postura humilde, talvez possamos ver em campo um padrão de jogo, que há muito não se vê por aqui.

Nosso plantel é fraco, poucos se salvam. É incrível, mas ter o Alan Bahia ídolo é sinal de decadência. Baier é um bom jogador, mas no nosso time torna-se um super craque, pois ‘caolho míope em terra de cegos é rei’. Desde os tempos de Jadson e Fernandinho não temos um meia de qualidade, então, culpa-se os atacantes pela falta de gols. Se voltarmos no tempo veremos que o aproveitamento de Kléber era 50%, e de Washington era menos de 40%, ou seja, a cada 10 chances claras de gol, Kléber perdia 5 e Washington perdia 6. Sinto pena do Pepe, Bruno, Marcelo, Wallyson, Alex e outros atacantes, recebem por jogo de nossos meias 1 ou 2 bolas perfeitas e olha lá. Aqui, Fred, Adriano, Love e Luis Fabiano cairiam na desgraça do público brasileiro e acabariam indo jogar na Ásia.

Há de repensar em nosso plantel. Chegamos a um ponto que não adianta mais arriscar com jogadores desconhecidos, como acontecia anos anteriores. Ou a diretoria investe pesado para o brasileiro, ou vamos novamente comemorar a permanência na Série A.