A ‘obra’ da diretoria: relegar o clube ao ostracismo.

Para onde vai nosso querido furacão? Nem sei mais se é com letra maiúscula ou minúscula.

Se o Atlético não consegue montar times competitivos e com um mínimo de jogadores decentes, que peça licença e não dispute campeonatos. É isso o que ocorre com empresas. Acabou o dinheiro, não tem de onde tirar, feche as portas e venda o ‘espólio’.

É triste.

A continuar como está, nem mesmo a copa vai ser disputada aqui. Ou vai ser disputada em um estádio de um time da terceira ou da segunda divisão, no caso, o Atlético. Será uma abeeração se, novamente esse ano, operar o milagre da salvação do rebaixamento (há quantos anos seguidos mesmo esta é a única história para contar?).

Não está certo.

Rezo com todas as minhas forças para que as pessoas que cuidam do clube possam tomar consciência da sua responsabilidade e da necessidade da alegria voltar ao campo, ao estádio.

De nada adianta estádio bonito com povo sofrido. Só combina e rima na escrita. E não na prática.

Está difícil torcer para o Atlético. Mais difícil até que na época do Pinheirão, porque lá, ao menos, se tinha consciência das dificuldades e precariedades. Hoje, parece até paradoxo, com tanta estrutura e nada de futebol. Nenhuma alegria.

Está ficando difícil sustentar a condição de ‘time de maior torcida’, ‘torcida mais vibrante’, ‘Furacão’, ‘caldeirão do diabo’ (!? – perder e empatar com times medíocres, de fundo de quintal?).

Não aguentamos mais responder: ‘Ah! O time é ruim mesmo, mas vejam só, temos o melhor estádio, o melhor CT’. Só nos restou isso.

Com tantos anos seguidos de péssima imagem futebolística, o torcedor está desanimado e, especialmente, eventuais e potenciais patrocinadores estãosendo desestimulados a vincular sua imagem a um time perdedor. Já ouvi de um empresário paranaense (grande empresário, com negócios no exterior e grande capacidade de crédito), o seguinte: como é que uma empresa vai querer associar sua marca a um time sem alma; a um time que não disputa, com seriedade, nada? Como vou colocar minha marca numa equipe em que a torcida está machucada e que não ganha absolutamente nada? Um time que não é mais notícia nacional porque deixou de disputar o topo das competições? De uma equipe que está caminhando ao ostracismo e à fixação de uma imagem de mero ‘balcão de negócios’, de uma ‘mera passagem de jogadores’. De um time que não faz o mínimo esforço para conservar jogadores, para manter um time de um ano para outro?

É muito perigosa essa imagem que o Atlético, infelizmente, está solidificando em torno de seu nome. É isso que está sendo (des)construído.

Terá volta?

Desejo, do fundo do coração, melhoras, ainda que, confesso, esteja eu acometido, em grau avançado, com a doença que a diretoria do clube criou, ou seja, o ostracismo, o desânimo e a completa indiferença ao futebol.

Mas enfim, como a diretoria tanto gosta de alardear, só temos motivos para ‘comemorar’, afinal, temos o melhor estádio e o melhor CT… Da onde?

Bacana né?