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10 mar 2010 - 23h10

O mesmo filme!

Todo ano somos obrigados a assistir o mesmo filme. O único problema é que estamos pagando muito caro pela entrada. Os atores não tÊm mudado muito, renovam-se alguns personagens, mas no geral a ‘caqueira’ é a mesma. O cenário é este Campeonato Paranaense que dá vontade de chorar, menos mal porque o nível do nosso time não suportaria. Correríamos o risco de ser rebaixados para a segunda divisão do Paranaense, já pensaram?

De qualquer forma, reflitam comigo: em 2008, Ney Franco foi embora, contrariando a todos porque perdeu o Atletiba no início do ano por causa de um gol estúpido. Geninho em 2009 fez milagre e conseguiu o super mando, se não fosse isso jamais terá faturado o Paranaense e estendido sua permanência como técnico até algumas rodadas do Brasileiro. E olhe que ele havia chegado para salvar o time da Segunda Divisão do Brasileiro no final de 2008. Chegou o Brasileiro e ‘bye- bye’, Geninho. Lopes chegou também para tirar o time de uma situação terrível no final de 2009. Aqui mesmo nessa coluna critiquei a contratação do delegado que, para a minha surpresa, foi o responsável por salvar a dignidade do CAP, mesmo tendo na mão um grupo fraco. Missão cumprida, o roteiro não muda, o discurso não muda: ‘Vamos manter a comissão técnica e o grupo, vamos contratar pelo menos seis reforços’ etc. Os reforços não aparecem e o roteiro é o mesmo: ‘O mercado está inflacionado, não existem bons jogadores’, blá, blá, blá e blá, blá, blá. Jogadores um pouquinho mais técnicos, aqueles que ainda mantinham a esperança do Atleticano acesa, começam a ir embora: Ney, Wesley, Marcinho, Alex Sandro… o discurso é o mesmo: ‘A transferência destes jogadores irá equilibrar o caixa’ etc. É evidente que o time não anda, precisa de qualidade, precisa jogadores. E o dircurso continua o mesmo, faltando 60 dias para o Brasileiro o técnico que chegou e salvou o time de um rebaixamento vergonhoso (vejam os verdes) e que foi mantido ‘para dar continuidade a um trabalho’, etc, é demitido. O discurso é o mesmo: ‘Infelizmente os resultados não vieram’, ‘os gols não saem’, blá, blá, blá… Esqueceu o Sr. presidente que quem faz gol são bons jogadores?

Iniciamos o ano com um rapaz jovem e desconhecido do grande público no comando, o mesmo roteiro: ‘Uma promessa’. Não duvido que de fato seja, pode realmente revolucionar a história do CAP (?), mas já vimos outras revelações, lembram-se? Roberto Fernandes, Waldemar Lemos, etc. O fato é que o grupo é fraco. Continuamos a ter como principal jogada, a bola parada, 80% dos poucos gols que fazemos é de bola alçada na área. Não adianta mandar o treinador embora, vamos tomar vergonha e reconhecer que precisamos contratar um time decente para que alguém o treine. O Brasileiro promete, vamos ficar pendurados novamente até o final. E lanço um desafio: quem será o técnico que irá aceitar tirar o nosso CAP da zona de rebaixamento no próximo de outubro? Façam suas apostas!



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