[Promoção 86 anos do Atlético] Como é bom torcer para o Furacão
Nos anos 70, mais para o seu final, o Estádio Joaquim Américo não possuía sistema de iluminação. Os jogos do meio da semana eram à tarde. Trabalhava como estagiário em uma empresa, que ao final da estória saberão porque não cito o nome.
E numa tarde de quarta-feira, o nosso Furacão enfrentaria o time do Jandaia em nosso santuário. Mas como fazer para ir ao jogo? Tinha que desempenhar minhas funções na empresa.
Então, disse ao chefe que precisava ir à minha escola para deixar documentos necessários para a minha formatura. Perguntei se podia trabalhar na hora do almoço e sair às 15h. O jogo começava às 15h30. E garanti que faria horas extras para compensar a saída antecipada.
Fui ao jogo e achei interessante ver mais de 1.500 pessoas no estádio. O que fazia aquela gente toda numa tarde em dia de semana, assitindo um jogo de futebol?
Vendo o jogo da arquibanda, aos 40 minutos do segundo tempo, com o Atlético vencendo por 6 a 0, a surpresa do dia: alguém toca meu ombro e pergunta se estou feliz com o resultado. Preciso dizer quem era? Meu chefe.
Quando iniciei uma tentativa para explicar o que não tinha explicação, ele me diz.
– E nem tente arrumar uma desculpa. Bem, na verdade não precisa. Você não pode ter me encontrado aqui, pois meu sócio acredita que estou em uma reunião com um possível cliente. Se bem que ele está assistindo o jogo ao meu lado.
Bem, descobri que muitas pessoas que estavam ali inventaram estórias por um bom motivo. Acompanhar o time mais amado do Brasil.
Há! Não perdi o estágio e consegui me livrar das horas extras por sair mais cedo. Como é bom torcer para um time assim!