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25 mar 2010 - 22h55

[Promoção 86 anos do Atlético] Paixão de mãe e filho

Dezembro de 2001, semi-final do Campeonato Brasileiro daquele ano, o Rubro-Negro estava prestes a entrar para a galeria dos campeões nacionais. O jogo era na Arena da Baixada e contra o Fluminense. A expectativa era grande já no início da semana com a venda dos concorridos ingressos. O jogo já começava ali.

Torcedores se organizavam para acampar e dormir em frente à Arena para, no dia seguinte, garantir a compra do ingresso para o ‘show’ de futebol e emoção. Eu trabalhava num escritório e às oito da manhã já tinha que estar a postos para mais um dia. Então como fazer? Nem eu mesmo sabia como iria cumprir aquele desafio, mas decidi que o meu lugar eu iria garantir. Pedi para minha mãe ir para o Estádio Às 7 e meia da manhã para guardar o meu lugar enquanto eu ia trabalhar até ás 10, pois tinha uma reunião inadiável. Até aí tudo bem, mas o problema é que minha não não gostava de futebol! No máximo em Copa do Mundo ela presta um pouco de atenção, mas já confessou que já tentou gostar, mas não teve jeito. Saí de madrugada da minha casa no Boqueirão, cheguei na Arena às 3 da manhã e encontrei a fila já virando a esquina da quadra. Às 7 e 30 da manhã minha mãe chegou para ficar no meu lugar e corri para a empresa retornando para a Arena às 10h30. A fila tinha ‘inchado’, os lugares haviam mudado de lugar devido a aglomeração de pessoas. Procurei minha mãe pela fila até que, debaixo daquele sol de 30 graus, avistei uma única sobrinha aberta e que me pareceu familiar. Quando cheguei perto pude notar a festa que estava acontecendo. Alguns integrantes da Fanáticos estavam juntos e se divertindo com a conversa da minha mãe. ‘Pô, sua mãe é gente boa, até emprestou um pouco da sombra da sombrinha dela e pagou sorvete pra gente!’ Ela se divertiu, disse que nem viu o tempo passar e rapidamente já me falou: ‘Eu também quero vir no jogo!’. ‘Essa eu não perco!’. Desde então minha màe nunca mais foi a mesma! A partida foi emoção pura e me orgulho por ter estado com minha mãe naquele jogo que, mesmo depois do apito final do árbitro, a torcida não ‘arredou o pé’ do estádio, ficamos cantando e comemorando a passagem para a final, até que depois de 15 minutos após o fim do jogo, os jogadores do Furacão voltaram para o campo para agradecer a torcida! É indescritível a emoção que tomou conta de quem lá estava.

Agradeço ao Furacão por, nestes 86 anos, ter proporcionado situações marcantes e inesquecíveis para milhares de pessoas apaixonadas pelo Clube!



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