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25 mar 2010 - 12h41

[Promoção 86 anos do Atlético] Primeira paixão é para sempre

O dia 26 de março é uma data muito especial, o aniversário de um “grande amigo”, a qual desabafo, descarrego minhas emoções. Se nossas famílias já amamos desde o berço, tenho que confessar que escrever sobre o Atlético é prazeroso pois escrevo sobre minha “primeira paixão”.

Falar do Rubro-Negro é viajar no tempo e voltar aos final dos anos 80. Na época já tinha plena convicção do “uniforme de guerra” que iria usar para o resto de minha vida, mas foi somente nessa fase que comecei a freqüentar aquele que para mim sempre foi o “antro” mais empolgante que já conheci.

Lembro em especial de duas oportunidades, meus pontapés iniciais na antiga quadra anexa ao Joaquim Américo e, ao subir a rampa do ‘Caldeirão do Diabo’, uma vez com meu pai outra com meu avô, torcedores do extinto Boca Negra e dos ‘verdes’, respectivamente, mas que não hesitavam em me levar aos jogos e treinos do time do meu coração.

Para um garoto do alto de seus 8 ou 9 anos, era uma cena de arrepiar. Na rampa, aquele grande ‘CAP’ de pedra, um ‘bando de malucos’, com grandes bandeiras com uma caveira gigante nelas, faixas e instrumentos de percussão. Ao começar as ‘batalhas’ pensava se aquelas estruturas um tanto precárias eram seguram, pois tremiam junto com a adrenalina dos apaixonados.

Arrepio maior então ao ouvir pela primeira vez, desta vez em que ‘campo inimigo’ no estádio em ruínas do ‘Perpétuo Socorro’, a famosa paródia de The Wall, pois, ao mesmo tempo também começava meus prazeres pela música do ‘dito cujo’, o rock n roll. Minha imaginação fluía de tal forma que conseguia visualizar Waters e Gilmour mandando em melodia, a ‘coxarada’ para o lugar ‘que é deles de direito’.

Bem, vou deixar meu saudosismo de lado, pois há anos estou longe de nosso ‘campo de batalha’. Também não sou um veterano e há outros apaixonados que possam descrever com maior riqueza de detalhes o sentimento que lhes falo.

Por fim, em nome deles e de todos atleticanos, fica as homenagens aos 86 anos do time de maior torcida do Paraná e a todos os fanáticos que vestem nosso manto rubro-negro, assim como no verso de Zinder Lins, “somente por amor”.



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