[Promoção 86 anos do Atlético] Primeira paixão é para sempre
O dia 26 de março é uma data muito especial, o aniversário de um grande amigo, a qual desabafo, descarrego minhas emoções. Se nossas famílias já amamos desde o berço, tenho que confessar que escrever sobre o Atlético é prazeroso pois escrevo sobre minha primeira paixão.
Falar do Rubro-Negro é viajar no tempo e voltar aos final dos anos 80. Na época já tinha plena convicção do uniforme de guerra que iria usar para o resto de minha vida, mas foi somente nessa fase que comecei a freqüentar aquele que para mim sempre foi o antro mais empolgante que já conheci.
Lembro em especial de duas oportunidades, meus pontapés iniciais na antiga quadra anexa ao Joaquim Américo e, ao subir a rampa do Caldeirão do Diabo, uma vez com meu pai outra com meu avô, torcedores do extinto Boca Negra e dos ‘verdes’, respectivamente, mas que não hesitavam em me levar aos jogos e treinos do time do meu coração.
Para um garoto do alto de seus 8 ou 9 anos, era uma cena de arrepiar. Na rampa, aquele grande CAP de pedra, um bando de malucos, com grandes bandeiras com uma caveira gigante nelas, faixas e instrumentos de percussão. Ao começar as batalhas pensava se aquelas estruturas um tanto precárias eram seguram, pois tremiam junto com a adrenalina dos apaixonados.
Arrepio maior então ao ouvir pela primeira vez, desta vez em que campo inimigo no estádio em ruínas do Perpétuo Socorro, a famosa paródia de The Wall, pois, ao mesmo tempo também começava meus prazeres pela música do dito cujo, o rock n roll. Minha imaginação fluía de tal forma que conseguia visualizar Waters e Gilmour mandando em melodia, a coxarada para o lugar que é deles de direito.
Bem, vou deixar meu saudosismo de lado, pois há anos estou longe de nosso campo de batalha. Também não sou um veterano e há outros apaixonados que possam descrever com maior riqueza de detalhes o sentimento que lhes falo.
Por fim, em nome deles e de todos atleticanos, fica as homenagens aos 86 anos do time de maior torcida do Paraná e a todos os fanáticos que vestem nosso manto rubro-negro, assim como no verso de Zinder Lins, somente por amor.