Devagar com a dor
Critiquei neste espaço a saída prematura do Lopes por acreditar que foi o menos culpado da irregular, pra não dizer pífia, campanha que o Atlético vinha fazendo no estadual. Na sua carta pré demissão, Lopes foi sincero quando disse que usaria os meses iniciais para experimentos, e que no fim de março o time estaria em condições. Pois bem, aqui estamos, começo de abril, e vejo elogios rasgados a um time que não foi formado agora por um toque mágico do esforçado Niehues, mas por um trabalho de meses, que inclusive foi acompanhado de perto pelo atual treinador. Ao Atlético de Lopes faltava poder ofensivo, que podemos atribuir a uma melhor forma de Bruno Mineiro e a real estréia do Pepe Toledo, que com Lopes mal jogou. Além disso, era um time sem ritmo, sem cadência de jogo, sem a pulsação que só a experiência do Paulo Baier pode dar. Não à toa o time voltou a se organizar e ganhar quando do seu retorno. Não quero cornetar o trabalho do Niehues, que tem se revelado um bom treinador, mas o que acontecerá na terceira derrota seguida no Brasileirão, uma realidade não tão distante assim com o atual elenco?