Eu vi o Caldeirão fervendo
Prezados torcedores, muitos de vocês devem acompanhar o Furacão há mais tempo do que eu. Sou nascido em 81 e desde 87 frequento os estádios, por influência do meu pai e quase sempre ao lado dos meus irmãos. Por essas razões, peguei os tempos de Pinheirão, do Interbairros lotado, que quase tombava numa curva lá da Victor Ferreira do Amaral (a torcida cantava assim: se essa ‘torra’ não virar, ole, ole, olá…). Vi, com uma emoção danada, o Farinhaque sair do Pinheirão com a torcida, depois de uma vitória no Atletiba; fui à Baixada, em 93, pra ver o recém-contratado Carlinhos (me corrijam caso o nome do atleta não seja esse mesmo) acionar a máquina que colocaria a principal estaca nas obras de reconstrução do Joaquim Américo; estive presente nas duas reinaugurações… Enfim, presenciei muita coisa ligada ao Furacão. Velhos tempos!
Bom, hoje de manhã acordei com uma música na cabeça: ‘eu vi o Caldeirão fervendo, eu quase morri de tesão, e eu fale-ei: viva a Baixada!! E que se f… o Pinheirão.’ E estou com ela até agora. A torcida sequer canta essa música hoje, pois o Pinheirão ficou no passado e temos o nosso aconchegante lar. De qualquer forma, fico com ela, tamborilando na mesa, em frente ao computador, enquanto cumpro outras obrigações.
Eu queria compartilhar com todos os atleticanos que acessam o site e que às vezes têm uns flash-backs na mente esse meu ‘rememoramento’. Adicionalmente, queria pedir para aqueles torcedores que andam vaiando muito o Raul e que não são capazes – e isso é que me causa espanto! – de bater palma quando o cara acerta uma jogada, que tenham um pouco mais de paciência. A gente não pode, em função do que conquistou recentemente, calar a paixão e deixar de incentivar nossos atletas. Acredito que a cobrança pode ser feita de outra maneira, sem que se queime o jogador.
Finalizando, quero dizer que vou ao Atletiba. E vou por amor, em primeiro lugar, e em segundo porque sou pé-quente. Algo me diz que no domingo viverei uma emoção antiga.