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15 abr 2010 - 8h24

Franco atirador

A partir de hoje e até o próximo domingo (25) o Atlético enfrenta um período de quatro jogos em dez dias, tanto pelo Campeonato Paranaense quanto pela Copa do Brasil, os dois torneios que o Rubro-Negro está disputando nesse primeiro semestre. É a fase decisiva do Campeonato Paranaense e as oitavas-de-final da Copa do Brasil.

Hoje o grande jogo contra o Palmeiras pela Copa do Brasil. Domingo, a ida à casa dos hooligans do terceiro mundo. Na quarta-feira próxima, mais um confronto com o Palmeiras e no domingo o jogo final desse campeonato horroroso, com a pior fórmula de todos os campeonatos regionais, que é o Campeonato Paranaense. Se tudo der certo, no domingo, 25 estaremos comemorando o bicampeonato paranaense e antes disso na quarta, 21, feriado, a classificação às quartas-de-final da Copa do Brasil.

Contra o Palmeiras hoje, o Atlético fará seu jogo mais difícil. O Palmeiras é um tigre ferido. Fez uma campanha pra ser esquecida pelos seus torcedores no Campeonato Paulista. Torcedores que estão sofrendo, pois estão vendo o show dos meninos do Santos na Copa do Brasil e no Campeonato Paulista e as boas participações do Corinthians e do São Paulo na Libertadores. Já há algum tempo o Palmeiras está fechado, preparando-se para este jogo de hoje. É um time de jogadores de altíssimo nível como Diego Souza, Lincoln, Marquinhos (ex-Vitória-BA), Armero, Ewerthon, de um líder carismático como o goleiro Marcos, mas cujo técnico não conseguiu ainda formar um time. Ainda ontem o Antônio Carlos estava tentando montar a formação ideal para o jogo de hoje. No fundo, não sabe. E especulações na imprensa surgem a toda hora a respeito de jogadores do Palmeiras que já teriam sido negociados com times do exterior. O clima não é bom e não é de hoje. Apesar da vontade de vencer para tentar uma reabilitação, o nervosismo tomou conta dos palmeirenses, jogadores, dirigentes e torcida.

O Atlético tem que aproveitar os nervos à flor da pele do time palmeirense para tentar uma vitória que lhe dê tranqüilidade para o jogo de volta, em Curitiba. Jogar tranqüilo, não cair na provocação do adversário. É bom lembrar que do outro lado estará o Danilo, um desafeto declarado do Atlético, um inimigo, que se matou em campo no último jogo em que enfrentou o Atlético. Aplicação tática e calma serão essenciais para um bom resultado.

Esse bom resultado pode ser um estímulo para o clássico de domingo contra o Império do Ódio, que praticamente decide o Campeonato Paranaense desse ano. A minhoca coxa-branca tem uma grande vantagem, pois joga em casa e com o empate a seu favor. Eles querem o título a qualquer custo depois do ridículo centenário do ano passado, quando perderam tudo e ainda foram rebaixados para a segunda divisão e tiveram o estádio interditado. A pressão sobre o Atlético será enorme. E virá não só dos torcedores, mas da imprensa, sempre pró-coxa. Quanto à arbitragem, melhor nem comentar. O ideal seria uma arbitragem de outro Estado, neutra, imparcial. Por outro lado, a pressão sobre os jogadores coxas também será grande. Sabendo jogar, o Atlético pode usar a seu favor essa pressão e sair também com o único resultado que interessa, que é a vitória.

Não acredito que um jogo na quinta e outro no domingo possa desgastar o time. Pelo contrário, jogando é que o time ficará tenso e aceso para a próxima partida. Ficar só treinando não significa que o time estará melhor preparado.

Caso sejam cumpridas as missões na quinta e no domingo, o jogo da quarta 21 será o da confirmação da passagem para a fase seguinte da Copa do Brasil e no domingo uma grande festa do bicampeonato na partida contra o Iraty.

Será o momento crucial da carreira do técnico Leandro Niehues. Ninguém apostava muito nele quando assumiu o lugar do Antônio Lopes. Com muita competência ele deu uma nova cara ao Atlético, tornando-o um time mais compacto, sólido na defesa e com muitas variações de jogadas no ataque. Goleadas contra Paranavaí, Corinthians-PR e Cascavel foram um reflexo desse bom momento. Os placares apertados contra Sampaio Correa, Paraná, Operário e Paranavaí mostraram, no entanto, que faltam peças de reposição apesar de terem sido boas apresentações. Leandro agora sabe que o seu futuro como técnico do Atlético, apesar do sucesso parcial até agora, estará vinculado ao êxito nesses próximos quatro jogos. Se for bem sucedido, a projeção do seu nome além Paraná, com a provável confirmação como técnico para o campeonato brasileiro. Caso contrário, é quase certo que venha outro técnico pra substituí-lo.

Nessas duas partidas, o Atlético joga como franco atirador. Os favoritos são os adversários. E os adversários estão nervosos, sabem da responsabilidade que têm. Sabem que em caso de derrota para o Atlético a casa desaba para um e desmorona para outro. Confio na capacidade dos jogadores e do técnico para saírem vitoriosos nessas batalhas. Tenho certeza que nós atleticanos teremos muitas alegrias nesses próximos dias.



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