Cenas lamentáveis
Olha, mesmo sem estar lá, me senti na pele do Manoel, não só por ser atleticano de coração, mas principalmente por ser negro ou melhor afro-descendente e ter o maior orgulho disso, por mais que seja no calor da disputa em que todos querem sair vencedores, mas esse ato de Danilo é inadimissível no mundo em que vivemos.
Danilo, aliás, que não deixa nenhuma saudade no coração atleticano, pois abandonou a concetração antes de um jogo importante para o time rubro-negro em 2008.
O pior disto tudo é ter que assistir no ‘Programa Jogo Aberto’ de São Paulo, ver pessoas minizando o fato como uma coisa normal de jogo. Xingar com palavrões é normal, inclusive eu faço isso em peladas, mas nunca cheguei ao ponto de ofender moralmente ou pela cor da pele de alguém.
Ao senhor Neto que repense o seu ato, infeliz, de minizar o fato, e ao senhor jornalista, esse sim diplomado, Dr. Osmar de Oliveira, amigo do médico rubro-negro, que repense o que disse, dizendo que estavamos criando um ‘clima de guerra’ para o jogo de volta, não tenho dúvida por conhecimento de causa que o Palmeiras será muito bem recebido na Baixada.
Quero ao encerrar criticar a atitude de Danilo que se não bastasse ofender de forma racista a Manoel, lançou uma cusparada no rosto do zagueiro atleticano, que errou ao pisar de forma covarde no mesmo quando estava caído ao chão.
Afinal, qual é o exemplo que estes seres que não têm em sua maioria um nível de escolaridade acima do terceiro ano do ensino médio querem passar para as gerações futuras que os assistem e os idolatram, e que este caso não pare nisso e que vá ao cabo com o final que todos não só atleticanos esperam, que o senhor Danilo pegue um belo de um gancho na esfera esportiva assim como seu treinador.