O corno é ele
O indivíduo chega de surpresa em casa e surpreende a mulher em sua cama com outro.
Tirou o revólver da cintura, tomando cuidado para não ser percebido pelos dois, armou o gatilho e já ia se preparando para fazer uma loucura quando parou para pensar.
Foi se lembrando de como a sua vida de casado havia melhorado nos últimos tempos.
A esposa já não pedia dinheiro pra compras do mercado, aliás, nem para comprar
vestidos, jóias e sapatos, apesar de todos os dias aparecer com um vestido novo, uma jóia nova ou um sapatinho. Os meninos mudaram da escola pública do bairro para um cursinho super chique. Sem contar que a mulher trocou de carro, apesar de ele estar a quatro anos sem aumento e ter cortado a mesada dela. E as contas de luz, água, telefone, internet, celular e cartão de crédito, fazia tempo que ele nem ouvia falar delas.
O caso é que a mulher dele era mesmo um aviãozinho, baixinha, toda gostosinha. Coisa de louco… guardou a arma na cintura, com muito cuidado para não ser percebido, e foi saindo na pontinha dos pés.
Parou na porta da sala, refletiu um pouco e disse pra si mesmo:
– O cara paga e eu ainda vou pra cama com ela todos os dias…
E, fechando a porta atrás de si, concluiu sorrindo:
O CORNO É ELE!
Desculpem a piadinha, mas acho que quando essa nossa diretoria lê (se lê!) nossas lamentações, chamando-os de; diretoria de m…., omissa, brincalhona, medíocre, incompetente, burra e outros adjetivos menos elogiosos, acho que eles só podem estar pensando o seguinte, visto não tomarem qualquer providencia:
O cara vem torcer, sofre feito um louco, é gozado, tripudiado… e ainda paga a conta.
O BURRO É ELE.