Volta, Petraglia!
Tenham certeza os senhores torcedores que, se tivéssemos hoje o sr. Mario Celso Petraglia no comando do clube haveria uma grande reviravolta após a vexatória e humilhante derrota para os coxas, nosso maior rival! ‘Cabeças iriam rolar’, tenham certeza disso! Explicações convincentes teriam que ser dadas à nossa grande torcida.
Porém, nós torcedores atléticanos parecemos verdadeiros cordeirinhos nas mãos de incompetentes!
A verdade é que estamos à mercê de dirigentes inexperientes, que pensam pequeno, verdadeiros amadores! Perderam o clássico e consequentemente o título, e acham tudo isso normal!
Lembro-me, quando ainda morava em Curitiba, do Atletiba da Páscoa, em 1994, quando o clube não significava praticamente nada no cenário futebolístico nacional e muito menos internacional.Levamos de cinco no couto pereira… (ainda bem!) Quem não lembra desse dia? Pois bem! Após o apito final do árbitro, torcedores atleticanos ouviram a indignação de um dirigente. Afirmava, ali, Petraglia à torcida que, a partir daquele momento ocorreria, uma grande revolução no clube. Foi o início de tudo! Foi abaixo a velha Baixada, ganhamos um estádio moderníssimo, chegamos ao topo do Brasileirão em 2001, e quase ao bicampeonato brasileiro, disputando cabeça a cabeça com o Santos. Jogamos a final da Taça Libertadores da América contra o São Paulo para mais de oitenta mil torcedores presentes ao estádio do Morumbi. Isso é ser grande! É pensar grande!
Na esperança de relembrar os anos dourados, da tradição e raça rubro-negra de outrora nos jogos contra seu maior rival ! estive no couto pereira domingo.
Viajei 700 km para visitar a família, e também aproveitei para assistir ao jogo, pois atualmente moro na cidade de Araraquara-SP. Porém, veio a decepção, um time medíocre, sem padrão de jogo definido. Jogadores sem vontade, sem raça e muito menos amor à camisa. Técnico e dirigentes aceitaram a derrota com estranhissima normalidade!
Envergonhado, de cabeça baixa e revoltado, pela primeira vez abandonei um jogo do Atlético a 15 minutos do seu encerramento. Era notório que ali dentro das quatro linhas e também fora dela não existia o ímpeto de reação!
Não havendo medidas drásticas, aceitando-se as coisas como estão, infelizmente estaremos caminhando a passos largos para segunda divisão do próximo Campeonato Brasileiro.