MM é laranja de MCP!
Há um ano atrás, essa frase era escrita com ponto de interrogação. Agora, acho que já pode ser escrita dessa forma, com muita exclamação.
Há um ano éramos surpreendidos com a notícia de que Mario Celso Petraglia não mais fazia parte da diretoria do Atlético, ao tentar fazer valer sua posição de real mandatário do clube.
Para surpresa de poucos, a reação geral foi de alegria, pois, a partir de então, o Atlético seria de todos e não mais de apenas um.
Criou-se, então a divisão entre as viúvas e a geração arena, tendo, nesses meses, acontecido situações realmente embaraçosas, como as espúrias alianças com a torcida organizada e com a imprensa marrom-e-verde desta Capital.
Hoje, vemos o Atlético como um arremedo do que recentemente fora e, a luz que vemos no fim do túnel é do trem que vem de lá.
Nada, absolutamente nada, indica que algo acontecerá que possa trazer de volta os dias de glória que ainda inebriam nossa memória.
E, o mais absurdo de tudo isso é a conivência de nosso grande e eterno presidente. Questionado, se resume a dizer que nada mais tem a ver com isso e que o Atlético será sempre grande.
Se torna até compreensível que, diante da tamanha ingratidão demonstrada, ele se sinta magoado a ponto de deixar o barco afundar.
Mas, a impressão que está ficando é de que já se sabia que o barco iria afundar, tendo sido nomeado um capitão de araque, para recair sobre seus ombros a culpa pelo naufrágio.
Tudo aquilo que Petraglia colocou na prateleira está prestes a sair boiando, numa inundação de mediocridade, incompetência e talvez até, má-fé.
Por pura coincidência, fui atleticano desde o ano de 1996, encantado com a torcida e com a revolução que se via à nossa frente.
Qualquer atleticano jamais teria sonhado com o que aconteceu e nenhum atleticano poderia imaginar que tudo poderia voltar apenas à nossa memória.
Hoje é quarta-feira de futebol e nosso Atlético não vai jogar. Na pesquisa, já não aparecemos mais. O orgulho atleticano voltou para o armário.
Ninguém mais quer saber do Atlético, nem nós.