A coragem necessária do Atlético
A diretoria do Atlético Paranaense, o nosso Atlético, teve a coragem de afirmar que não vai endividar o clube, para terminar a Arena, conforme exige a dona FIFA, se não houver aporte externo de recursos financeiros para as obras.
Creio que foi o único a fazer isso. São Paualo e Inter, que terão investimentos mais pesados – e estão endividados – não o fizeram.
Até que ponto vale se endividar por um evento de poucos dias, no qual só a FIFA se beneficia?
A diretoria do nosso Atlético teve a coragem de apertar os cintos, cortar despesas e supérfluos, modificar a administração do clube e conseguiu transformar um déficit de cerca de 20 milhões de reais e superávit de mais de 10 milhões de reais.
Parabéns.
Agora falta a diretoria do nosso Atlético montar um time de verdade, para enfrentarmos este Brasileirão como grandes. Como a nossa torcida merece.
Os nossos mais de 20 mil sócios e centenas de milhares de torcedores merecem esta coragem de investir em talentos que transformem nosso time em altamente competitivo e vencedor.
Não adianta chorar pitangas pelo passado, muito menos ficar fazendo campanha política neste momento. Em dezembro do ano que vem, os sócios em dia poderão votar em quem acharem melhor para o nosso futuro atleticano.
Não cabe, agora, fazer campanha contra ou a favor. Muito menos ficar lançando intrigas na mídia.
A nossa união nos fortalece e é disso que o Atlético precisa, com a torcida em campo e com a atual administração munida da necessária coragem para investir em qualidade.
Em tempo: Alguns jovens talentos revelados nos últimos tempos correm o risco de serem queimados, por culpa mais das circunstâncias destes últimos meses, do que por culpa deles mesmo. Sugiro cuidarmos com carinho de jogadores como Fransérgio, Renan, Marcelo, Patrick e outros. Técnica e garra não faltam, mas falta maturidade e aconselhamento psicológico. São jovens e entraram na fogueira. Eles nos darão muitas alegrias, como o Manoel, o Neto, o Rhodolfo, o Chico, o Alan Bahia e outros nos proporcionam. Mais paciência com os meninos – e mais trabalho com eles.