Futebol se faz com ousadia e conquistas
Vendo, apenas de relance e esporadicamente os jogos que definiram os campeões estaduais pelo Brasil, pude extrair algumas conclusões.
Disse que ‘vejo’ os jogos apenas de relance porque, confesso, não tenho a mínima vontade de ver partidas que não estejam sendo disputadas pelo Atlético. E, ainda, como o Atlético, nós últimos anos e já faz tempo, só nos faz passar vergonha, não tenho me interessado juito pelo futebol.
Estou anestesiado.
Porém, foi interessante nos jornais esportivos após os jogos ouvir trechos de entrevistas de dirigentes das equipes vencedoras, os quais foram, à unanimidade, positivos no sentido que um clube grande (e acho que o Atlético merece ser colocado nessa categoria):
1) um clube só permanece grande se ganha títulos;
2) um time grande só tem receita aumentada se ganha títulos;
3) um clube só é respeitado pelos adversários, pela imprensa e, especialmente, pelos seus torcedores, se ganha títulos;
4) um clube só consegue bons patrocinadores, só consegue verbas publicitárias e só aumenta o número de sócios, se ganha títulos e monta times competitivos que aflorem a paixão do seu torcedor;
5) um clube que pensa medíocre, que pensa pequeno, jamais vai aumentar suas receitas e sua respeitabilidade;
6) um clube não pode envergonhar seus torcedores;
7) um clube que queira crescer tem por obrigação ser inventivo, ousado e, por vezes, afoito e obstinado na contratação de jogadores, na montagem de plantéis, na contratação de treinadores;
8) o gasto com o salário de jogadores e técnicos, muitas vezes pode até ser sacrificante e gerar certas dificuldades econômicas aos clubes, mas trará retorno com a valorização e exposição da marca e a conquista de respeito e visibilidade.
Enfim, para ilustrar isso, repriso aqui, entre aspas, a entrevista do Presidente do Grêmio de Porto Alegre:
‘Eufórico com a conquista, Kroeff já pensa nos frutos que o Grêmio poderá colher após mais esta conquista. ‘O mais importante disso tudo é que o Grêmio está de volta aos títulos. E um clube grande se alimenta disso. Os títulos fazem as receitas aumentarem, fazem o clube crescer e é assim que se faz futebol’, disse. As atenções do Grêmio, agora, se voltam para a disputa da Copa do Brasil. Quarta-feira, no Olímpico, o time tricolor recebe o Fluminense pelo jogo de volta das quartas de final. No primeiro duelo, vitória gremista por 3 a 2.’
Pois é.
Que diferença, não, caros amigos Atleticanos, essa postura do Presidente do Grêmio com o que vem (não) fazendo a neófita, amadora, relapsa, ignorante, irresposnável e débil diretoria.
Esses diretores e administradores que se dizem atleticanos, a meu ver, podem ser rotulados de tudo, menos de atleticanos.
Pois torcedor e amante do Furacão que se preza jamais faria com o Clube o que, infelizmente, esses malemolentes e diretores estão fazendo, ou seja, acabando com o Atlético Paranaense.
Por isso, Senhores Conselheiros, Diretores e Administradores, pelas suas ‘atitudes’ (melhor dizer ausência delas), vocês podem ser rotulads de tudo, menos de Atleticanos.
Pois Atleticano que se preza não faria, como vocês estão fazendo, a torcida sofrer; não fariam os verdadeiros Atleticanos passar vergonha.
Pergunto: Cadê a ousadia? Onde está a competitividade? Onde está o orgulho de ser Atleticano? Onde estão so títulos? Onde está a vergonha na cara?
Pobre Atlético: tão longe das conquistas e tão perto da mediocridade.
Tomara que sejam forjados e apareçam diretores responsáveis, ousados e cientes da realidade no sentido de perceberem que o Futebol vive de resultados, vive de conquistas e competitividade.
E que para isso é preciso competência, trabalho e OUSADIA.
Alguém sabe dizer onde é o fundo do poço?