Atleticano. Na alegria e na tristeza.
Tenho 58 anos de idade e torço para o Atlético Paranaense deste 1957 – há 53 anos, portanto.
Vivi, como atleticano, momentos de imensas alegrias, assim como de enormes tristezas, mas nada, nunca, nada abalou minha paixão e o meu amor pelo Atlético.
Vivi, por dois períodos de 12 anos, um Atlético que não conquistou nada – só perdia (pior, perdia para os coxas).
Mas nunca deixei de amar o meu time do coração.
Vivemos enormes financeiras e técnicas nestes meus 53 anos de torcedor ferrenho do nosso Altético (vou a todos os jogos… só não vou se estiver hospitalizado ou viajando).
Vivemos momentos de penúria. Joguei nos juvenis (de 68 a 71) e nosso vestiário, no velho Joaquim Américo tinha chão de cimento, dois bancos, ganchos ou pregos na parede e dois canos de água fria como chuveiros…
Vivemos momentos de nem termos nosso estádio em condições de uso, sendo obrigados a jogar na porcaria do Pinheirão ou no chiqueiro dos coxas.
Vivemos momentos de atrasos de salários de até 6 meses para os nossos jogadores.
Vivemos, desde 1924, momentos ruins e momentos de extrema felicidade.
Nos momentos ruins, jamais admiti vaiar meu time do coração, e não consigo acreditar que um atleticano de verdade vibre com gols dos adversários ou cane, como já fizeram ‘o meu time é uma bosta’.
Os que assim procedem, na verdade, não são atleticanos. Não se doam de inteiro coração à nossa paixão rubro-negra. São egoístas, egocêntricos. Só visam a si mesmos, não ao Atlético.
Vejo críticas ao novo patrocinador, dos mesmo que reclamavam que não havia patrocinador algum.
Vejo críticasá diretoria, dos mesmos que antes a elogiavam.
Veja críticas ao elenco, dos mesmos que já aplaudiram aos nossos jogadores.
Não existe time perfeito e imbatível. E este nosso time atual – acredito piamente = ainda vai nos proporcionar muitas alegrias.
E se não proporcionar? Ora, vencer, perder e empatar fazem parte do jogo e só um time será campeão a cada campeonato.
Nenhum times conseguiu ser campeão sempre e vencer todos as partidas. Há algum? Mesmo o encantandor Santos de hoje dia em dia anda apanhando de adversários mais fracos do que ele.
Futebol é assim: vencer, empatar, perder.
E ser torcedor é amar seu time de coração, na vitória, no empate e na derrota.
É grandioso saber perder e saber perdoar. É odioso só criticar, com base num interesse pessoal.
Claro que queremos, todos, ganhar todas, jogando o fino da bola. Mas isso não vai acontecer nunca.
Por isso, peço a todos os atleticanos mais e mais apoio ao nosso time e ao nosso clube, amando o nosso Atlético de todo o coração, na alegria e na tristeza. Para todo o sempre.
Nossa força está na união e na paixão. Jamais na revolta, na vaia, na ameaça, no xingamento e no egoísmo do interesse pessoal.
Nosso Atlético tem que ser maior do que cada um de nós. Juntos, faremos a diferença por um Atlético cada vez melhor.