Monique Silva

Dois treinadores, duas manifestações diferentes. Raiva e impaciência de um lado, gratidão e reconhecimento do outro. Enquanto Leandro Niehues despertou a ira dos rubro-negros, Geninho mais uma vez foi ovacionado pela torcida atleticana na Arena da Baixada, na noite de quinta-feira.

Como já é de praxe, o técnico campeão brasileiro pelo Atlético foi bem recepcionado pela torcida do Furacão e reencontrou os torcedores um ano depois de pedir demissão após o jogo contra o Atlético-MG, no dia 6 de junho. Antes de reassumir o Atlético, em 2008, Geninho sempre foi ovacionado ao pisar no gramado na Arena da Baixada.

Nos bastidores, Geninho negou que tenha sido procurado pela diretoria do Atlético para substituir o técnico Leandro Niehues. “Não tenho nada, não conversei nada. Por enquanto é só especulação”, comentou o treinador do xará goianiense, que comandou o Atlético em um total de 95 jogos contabilizando suas duas passagens pelo Furacão. Na coletiva à imprensa após a partida, Geninho mais uma vez comentou sobre a postura dos rubro-negros. “Tenho um carinho muito grande por eles. Meu maior momento foi em 2001 e essa torcida tem um grande reconhecimento pela minha pessoa. Já vim aqui várias vezes com outros times e sempre sou bem recebido. Toda vez me emociono quando vejo esse carinho vindo diretamente do torcedor, que é passional. Fico muito envaidecido porque é sinal de que alguma coisa ficou boa no clube”.

Em contrapartida, Leandro Niehues se irritou com as perguntas da imprensa que acompanhou a coletiva do treinador após a partida na Baixada. “Entendo a cobrança da torcida, mas o futebol está muito nivelado. Está um perde e ganha danado e não tem ninguém atropelando ninguém. É evidente que a cobrança aqui no Atlético é maior e temos que saber conviver com isso. A torcida está no direito dela, mas para quem está no meio do futebol, segurar da maneira como eu seguro e administrar esse momento não está sendo fácil”, opinou.