14 jul 2010 - 16h12

Projeto Arena Copel deve ir a votação em 03 de agosto

O Projeto de Lei 245/10 que delibera a respeito da ajuda financeira da Companhia Paranaense de Energia (Copel) para as obras de conclusão da Arena da Baixada nos padrões exigidos pela Fifa para a Copa 2014 deve ir a votação na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa do Paraná, próximo dia 03 de agosto. A data foi informada nesta quarta-feira, durante audiência pública para deliberar o projeto de cessão de naming rights para o estádio atleticano, que passaria a ser chamado de Arena Copel.

A audiência pública, na Sala de Comissões da Assembleia Legislativa, contou com a participação de deputados, vereadores, representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de Curitiba e do Clube Atlético Paranaense. No total, 15 pessoas apresentaram argumentações sobre a proposta, sendo 11 favoráveis ao projeto de lei, duas contrárias e outras duas que não tiveram posicionamento muito claro. Entre os defensores do projeto, esteve o ex-presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, que falou por cerca de 5 minutos sobre os benefícios da Copa em Curitiba para todo o estado do Paraná, numa visão macro das vantagens em receber o evento.

Petraglia disse ainda ser um tanto constrangedor “ficar com todo esse atraso nos prazos discutindo valores de R$ 80 milhões num evento que movimenta mais de R$ 50 bilhões”, afirmando que parcela dos paranaenses ainda pensa muito pequeno.

O presidente do Conselho Fiscal do Atlético, Amadeu Geara, também participou da audiência pública, e explicitou que as garantias financeiras devem ser dadas por Curitiba, já que a Copa do Mundo é um projeto da cidade e do Estado – e não do Atlético.

Do lado contrário ao projeto, o deputado Artagão Junior, assumidamente torcedor do Coritiba e solicitante da audiência pública, disse que irá solicitar diligência (ou seja, pedido de informações) do Projeto para o Tribunal de Contas, Ministério Público e Copel para fazer o relatório completo quando o projeto for votado na CCJ, no começo de agosto. O deputado é relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pela análise da constitucionalidade e legalidade das matérias que tramitam na Assembleia.

Audiência

Na abertura da audiência, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus, falou da importância da discussão entre os paranaenses e também de Curitiba receber jogos da Copa. “Este evento mundial trará muitos benefícios para o Paraná e, por isto, todos os deputados desta Casa não medirão esforços para tornar Curitiba uma das subsedes do evento”, disse.

Romanelli defendeu a proposição que considera de interesse público. “A aprovação do projeto que cria a Arena Copel possibilitaria o término e adequação do estádio (Joaquim Américo) para a Copa do Mundo. Com isso, teremos um estádio completamente renovado e com características de um espaço público”, garantiu. Para o parlamentar, o projeto sanaria ainda uma dificuldade de Curitiba, que não possui um ambiente para grandes públicos.

Em nome do governo estadual, o presidente de estado para assuntos da Copa, Algaci Túlio, também defendeu a realização de investimentos na Arena da Baixada. “É um estádio que já está 70% construído”, comentou. Para Túlio, o Paraná não pode perder tempo na decisão, que deverá ser apresentada na próxima semana, ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

O secretário afirmou que seria uma tragédia Curitiba perder a chance de ser uma subsede da Copa, em função dos recursos que circulariam no Estado no período dos jogos e das obras exigidas e já realizadas para adequação da cidade, entre elas a construção de heliponto no Hospital do Trabalhador e a remodelagem da Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), que liga o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, à capital. Além disso, Túlio lembrou que Curitiba tem estrutura, mobilidade e qualidade de vida e o mais moderno estádio de futebol do país.

O secretário lembrou que além do projeto na Arena da Baixada, os paranaenses tem ainda um segundo plano de construção de um novo estádio para os clubes Coritiba e Paraná Clube, onde hoje está construído o estádio Pinheirão, interditado desde 2007. A obra avaliada em R$ 500 milhões seria bancada pela iniciativa privada que depois seria ressarcida com o recebimento das áreas onde hoje estão os dois clubes paranaenses.

Glaucio Geara, presidente do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Paranaense, falou que desde o ano passado o clube vem cumprindo os compromissos de adequação do estádio assumidos junto à comissão que trata dos assuntos da Copa no Paraná. “Compramos o terreno para a construção do estacionamento, fizemos terraplenagem e estamos preparados para a continuação das obras”, disse.

O representante do clube falou ainda que a Arena passou a ser cogitada para receber os jogos porque é o único estádio pronto. “Os demais clubes possuíam apenas projetos no papel. Como deixamos claro que não teríamos dinheiro para custear as obras de adequação, ficou acertado que os investimentos seriam divididos entre o clube, o governo e a prefeitura”, explicou.

Durante a audiência pública, o deputado Marcelo Rangel (PPS) apresentou uma terceira proposta, a de formação de uma cooperativa para a construção de um novo estádio. “Uma forma de compensação para essas empresas seria a isenção de impostos”, explicou.

Participaram ainda da audiência pública o presidente da comissão municipal para assuntos da Copa, Luiz de Carvalho; os deputados Rosane Ferreira (PV), Chico Noroeste (PR), os peemedebistas Reinhold Stephanes, Ademir Bier e Antônio Anibelli, que é 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa; o presidente da Comissão da Copa do Mundo, vereador Mário Celso Cunha; e o conselheiro do Clube Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia.

Se tiver a constitucionalidade aprovada na CCJ, o Projeto de Lei 245/10 poderá ser analisado por outras comissões internas da Assembleia, como a de Cultura, Esporte, Ciências e Tecnologia, por exemplo. Depois disso, a proposição será enviada para votação dos deputados em Plenário, onde precisa ser aprovada em três discussões e redação final. Só depois desse trâmite o projeto segue para sanção ou veto do governador Orlando Pessuti.

Informações: Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa e Juarez Villela Filho, colaborador da Furacao.com



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