19 jul 2010 - 20h06

Erros? Coincidências? Roubos?

Além da incômoda posição na tabela do Campeonato Brasileiro, o torcedor atleticano tem um novo motivo de preocupação: as arbitragens. De forma constante, o Furacão tem sido prejudicado não somente em jogadas isoladas, mas, também, em lances capitais. O jogo contra o Vasco em São Januário evidenciou as falhas contra o Furacão: um pênalti inexistente e duas expulsões injustas.

A situação não é nova. Logo na estreia do Brasileirão, o árbitro Marcelo de Lima Henrique expulsou Paulo Baier em lance em que o capitão atleticano sofreu falta e – pelo deslocamento, tocou a mão na bola. Coincidentemente, Henrique havia expulsado o meia – também de forma polêmica – em jogo disputado 15 dias antes. Segundo Baier, o árbitro ficou o ameaçando e avisando que iria expulsá-lo. “Segunda vez que ele me expulsa. Ele está de marcação comigo. Contra o Palmeiras eu não fiz nada e ele me expulsou. Ele está de marcação”, relatou o meia. “Falou que ia me expulsar. Todo lance que eu ia ele falava qua ia me expulsar”, concluiu.

No segundo tempo, Henrique apareceu mais uma vez e marcou pênalti inexistente de Alan Bahia em Souza. “Com dois jogadores de vantagem, o Corinthians só conseguiu marcar aos 38, com Ronaldo, de pênalti. Perante tantas polêmicas, são justificáveis as reclamações paranaenses”, comentou Lédio Carmona, do SporTV, apoiado por Mauro Cezar Pereira, da ESPN: “A bola é cruzada sobre a área atleticana, Souza está à frente de Alan Bahia e poderia tentar a cabeçada num duelo que lhe era favorável, mas prefere mergulhar após um contato com o volante rubro-negro”. A diretoria do Atlético encaminhou protesto contra o árbitro; ainda assim, não houve esclarecimentos por parte da Confederação Brasileira de Futebol.

Os erros continuaram na sequência do Campeonato. No jogo contra o Guarani, pela segunda rodada, o Furacão deixou o campo reclamando de pênalti sobre Alex Mineiro. Na rodada seguinte, o Atlético conseguiu sua primeira vitória, mas, nem assim, deixou o campo satisfeito com o árbitro: “Eu não quero jogar o árbitro contra a torcida, mas é complicado. Foram dois critérios completamente diferentes. O prejuízo para nossa equipe poderia ter sido grande”, comentou o volante Chico. No último jogo antes da parada para a Copa, mais reclamações em um lance capital.

“Teve o pênalti claro em cima do Branquinho que o juiz não deu. Mais uma vez fomos prejudicados, mas paciência”, desabafou Paulo Baier. O técnico Paulo César Carpegiani também criticou os critérios utilizados. “Nós tivemos um pênalti muito claro na minha frente. Acho que eu não estou muito cego. Mas o árbitro deixou correr”.

Pausa para a Copa, mas não para os erros

A incapacidade da arbitragem ressaltada na Copa do Mundo de 2010 ecoou no Brasileirão. E o Atlético, novamente, foi prejudicado. Na reestreia no Campeonato, dois gols anulados – um deles equivocadamente. O erro aconteceu ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava empatado em 0 a 0. Após chute de Fransérgio de fora da área, Fábio deu rebote e Alex Mineiro tocou para trás; o auxiliar levantou a bandeira antes mesmo de Bruno Mineiro tocar na bola, assinalando posição irregular – inexistente – de Alex. O árbitro Wilson Seneme também prejudicou o Atlético. No primeiro tempo, Paulo Baier bateu falta rápido e encontrou Alex Mineiro livre, na frente do gol; Seneme, porém, parou a jogada. Além disso, após cobrança de falta na entrada da área a bola bateu na barreira, visivelmente no braço esticado de um jogador cruzeirense que estava dentro da área, não tendo sido assinalado o pênalti entretanto.

Nielson Nogueira: erros no jogo contra o Vasco [foto: Gazeta Press]


Em mais uma “arbitragem absurda” – conforme definido por Mauro Cézar Pereira – o Atlético foi prejudicado em três lances capitais contra o Vasco, em São Januário. O árbitro Nielson Dias marcou pênalti inexistente de Eli Sábia (que recebeu cartão amarelo na jogada) e expulsou Chico em lance em que o volante tocou na bola e sofreu falta do jogador vascaíno. Pior, o primeiro erro do árbitro acarretou na expulsão de Sábia, pelo segundo cartão amarelo. “Mais adiante, Chico, de carrinho, limpo, levou a melhor no duelo com Rafael Carioca. Nogueira Dias foi capaz de ver uma falta e ainda mostrou o cartão vermelho ao jogador do Atlético. Depois viria a expulsão de Eli Sabiá, cujo primeiro amarelo havia sido absurdo. Assim, com 35 minutos de partida, o time paranaense perdia por 2 a 0 e tinha somente nove homens. O jogo estava resolvido.”

Erros do time, erros dos árbitros

Os erros da equipe não são negados pela torcida atleticana, conforme aponta o colunista da Furacao.com, Paulo Perussolo que defende que “não se pode culpar apenas o árbitro pelo resultado negativo”. Ainda assim, mais de 90% dos torcedores atleticanos que responderam a enquete da Furacao.com aguardam uma representação da diretoria do Atlético.

Ao todo, o Furacão foi prejudicado – somente contabilizando lances capitais – em cinco das nove partidas do Campeonato Brasileiro.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…