Endividar o Atlético?
Marcos Malucelli não quer endividar o clube, o que é uma prudência louvável.
Porém, precisamos de 40 milhões para terminar o estádio. Sem dinheiro em caixa, e tampouco com alguma previsão de tê-lo, só nos resta emprestá-lo. Com Copa ou sem Copa, vamos nos endividar (investimento, a palavra usada na construção da reta da Brasílio Itiberê)para terminar o estádio.
O discurso não vou endividar o Clube abrange os custos decorrentes de dois anos de jogos fora de casa.
Muito embora seja pouco crível que sejam realmente necessários dois anos de obras com estádio fechado, os custos podem não ser tão elevados quanto imaginado, principalmente se conseguirmos manter a média de 20 mil sócios e a CBF interferir na obtenção do novo estádio. Ademais, qual realmente é o custo que teremos de arcar nesses supostos dois anos? Não sabemos. Não há cálculo, estudo ou pesquisa aprofundada nesse sentido.
Por outro lado, os benefícios de receber a Copa são vários, seja mídia gratuita por 4 anos, status, orgulho, isenção de impostos na construção, estádio espetacular, entorno e um duro golpe nos rivais locais. O que menos importa são os 4 jogos que a Arena receberia. E, afinal, qual seria nosso lucro em receber a Copa? Também não sabemos, pois não há cálculo, pesquisa ou estudo aprofundado.
Mesmo sem cálculo, as evidências são favoráveis, ou seja, deve ser um negócio extremamente atrativo para o Atlético. Para dizer o contrário desse senso comum, deveria o presidente Malucelli apresentar numericamente o que lhe convence ser contra a vinda da Copa, pois não há outra forma de interpretar seu desinteresse pelo assunto.
Se perdermos a Copa, será péssimo para a prefeitura e governo estadual, mas ao que tudo indica, também para o Atlético.