Assim fica difícil
Em diversas derrotas atleticanas no Campeonato Brasileiro, o técnico Paulo César Carpegiani culpou a atuação da arbitragem para justificar os erros do time e a consequente derrota em campo. Neste sábado, na Pacaembu, não teve desculpas para mais um insucesso do time no Brasileirão. Esbarrando nos próprios erros, na incapacidade de construir jogadas ofensivas mesmo quando esteve com vantagem numérica de atletas em campo e na própria falta de qualidade do time, o Atlético perdeu para um franco Palmeiras por 2 a 0. Uma derrota que marca uma espécie de tradição do time na competição, a de ser um excelente visitante, tendo vencido apenas um jogo fora de casa no Brasileiro.
Com uma proposta defensiva em campo, com quatro zagueiros escalados, o Atlético praticamente começou o jogo perdendo no Pacaembu. Logo aos dois minutos, uma falha individual do zagueiro Gustavo Lazaretti resultou numa falta bem próxima à risca da grande área do goleiro Neto. Na cobrança, a bola sobrou para Tinga, que cruzou na medida para Danilo fazer 1 a 0.
Mesmo com o placar adverso, o Atlético não mostrou nem força e muito menos organização tática suficientes para superar a equipe palmeirense que, se não tinha qualidade em campo, ao menos demonstrava muita vontade dos atletas.
No segundo tempo, logo aos 2 minutos, as coisas pareciam que seriam mais fáceis para o Atlético. O atacante Tadeu deu uma cotovelada no jogador atleticano e foi expulso pela arbitragem. Mas nem mesmo a vantagem de um atleta em campo foi suficiente para fazer o Atlético demonstrar um melhor futebol.
A única boa jogada construída pelo time rubro-negro foi aos 10 minutos: Maikon Leite cruzou na medida e Mithyuê cabeceou com perigo, para grande defesa do goleiro Marcos. Foi o único lampejo de bom futebol demonstrado pelo time do Furacão em 90 minutos de jogo.
Aos 31 minutos, o Palmeiras deu o seu golpe final: no contra-ataque, Tinga deu um passe com perfeição para Ewerthon, que fez o segundo gol do Palmeiras decretando a derrota atleticana por 2 a 0.
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