23 mil sonhos
Depois de 5 anos de existência, completados no dia 20, a Comissão de Mosaicos, que nada mais é que pessoas que organizam dinheiro, material e tempo em nome da Torcida Atleticana, realizou um sonho.
Um sonho? Não. São 23 mil sonhos, pois desde o primeiro mosaico na Arena, já se pensava em como e quando seria o primeiro mosaico na Arena inteira.
Se perguntassem no ano passado, com certeza ninguém diria que isso aconteceria neste ano, afinal 2009 passou em branco com relação a Mosaicos. Mas este ano o Mosaico voltou com tudo e depois de hoje podemos dizer que a cultura mosaico já pegou, todo mundo sabe o que é e o que tem que fazer.
Agora eu gostaria de compartilhar com todos os atleticanos como foi esse final de semana. Eu poderia falar desde o final de abril, quando o planejamento desse mosaico começou a ser realizado, mas aí seria muita coisa.
Na sexta-feira à noite, parte da comissão se reuniu para gravar uma matéria para a RPC. Nesse dia o clima já esquentava, e uma ideia surgiu: um mini mosaico para o programa Tá Na Área da Sportv poderia atrair as lentes tão esperada por nós, mas isso demandaria mais tempo e mais esforço. Mas o que é um pequeno desafio dentro de um desafio muito maior que era o mosaicão? Todos toparam!
No sábado pela manhã o trabalho começou, a conferência do layout, separando-se as cores de cada cadeira, de cada fila de cada setor. A tarde, a separação do material por setor começou a ser feita, e só terminou às 22h30.
Nesse meio tempo, a equipe da Petrobrás nos encontrou para fazer uma matéria para o documentário da torcida do CAP, ficaram conosco cerca de 2 horas, dei meu depoimento, e quando me perguntaram o que o Atlético é para mim, a primeira resposta que veio foi: é minha vida.
Grande parte dos meus amigos eu encontro na Baixada, meu grande amor eu encontrei na Baixada, o lugar que posso descarregar meu stress é na Baixada quando temos a oportunidade de xingar algum jogador da equipe adversária ou o juiz. O lugar que realizo sonhos de layouts se transformarem em Mosaicos é a Baixada.
Tenho certeza que não tem resposta melhor do que o Atlético ser minha vida. E a nossa equipe de mosaicanos é tão unida, tão família que fica difícil pensar em Atlético hoje e não lembrar do Mosaico.
São 5 anos de dedicação ao Mosaico Furacão, e nesse ano, com uma responsabilidade maior, tomar decisões, e reprensentar o grupo como presidente do Mosaico Furacão (substituindo o grande idealizador da coisa toda, Thiago Henk). A pressão é grande, e por algumas vezes cheguei a pensar em sair, deixar meu cargo quando esse grande desafio fosse concluído.
Mas, como sempre, depois de um mosaico realizado me lembro do por que permaneço: a recompensa é MUITO maior do que qualquer stress, qualquer cansaço físico.
Enfim, para terminar gostaria em nome da Comissão de Mosaicos agradecer
A Deus por nos conceder um dia maravilhoso de sol, o que facilita muito a formação de mosaico.
Aos atleticanos que fizeram doações financeiras, desde as moedas até a grandes valores, sem elas nada aconteceria.
Aos atleticanos que compraram a ideia, saíram de casa antes, sentaram em suas cadeiras, amarraram painéis onde tinham buracos e ergueram na hora cera: HINO.
Aos atleticanos que abdicaram de alguns (muitos) finais de semanas para preparar todo material.
Aos atleticanos que hoje acordaram cedo, e às 9h já estavam indo buscar o material na ‘sede’ do Mosaico.
Aos atleticanos que às 10h estiveram no estacionamento da Arena e carregaram mais de 40 sacos de material para dentro e colocaram mais de 23 mil painéis nas suas cadeiras.
À imprensa que finalmente começa a nos dar espaço na mídia.
Agradecimento especial à TOF, que ao longo desses 5 anos sempre esteve ao nosso lado. Em especial também à Alice e ao Walter, que nos abriram as portas para armazenar nosso material. E aos produtores do documentário da Petrobrás, que desde sábado nos acompanhou para fazer um belo vídeo que vai ao ar na quarta-feira. Palavras de um dos produtores ‘CARA, A TORCIDA DO ATLÉTICO ME DEIXA COM VERGONHA DA TORCIDA DO MEU TIME!’
O resultado de hoje é de todos nós, por direito, todos podemos deitar a cabeça no travesseiro e saber, sem sombra de dúvidas, que como a torcida do CAP não existe, somos a mais apaixonada, a mais vibrante!