Roberto Costa é o convidado do Círculo de História
O Círculo de História Atleticana realiza na próxima sexta-fera (05/11) mais um encontro para debater e aprofundar conhecimentos relativos à história do Clube Atlético Paranaense. Desta vez, a edição terá a presença especial do ex-goleiro Roberto Costa, o Mão de Anjo, que defendeu as cores rubro-negras de 1978 a 1987.
O encontro, que conta com a tradicional presença do historiador atleticano Prof. Heriberto Ivan Machado, será realizado em novo local: A Varanda Bar e Restaurante (Rua Colombo, 349 Ahú), das 19 às 22h. Para participar é indispensável a confirmação de presença por e-mail (circuloatleticano@yahoo.com.br) até a véspera do encontro. Mais informações no site www.circuloatleticano.worpdress.com. As vagas são limitadas e não há custo para participação.
Roberto Costa
Eleito em 1983 o melhor jogador do Brasil, Roberto ajudou o Atlético a terminar na terceira colocação no Campeonato Brasileiro daquele ano. Entre idas e vindas, o jogador defendeu por seis anos a camisa número um do Atlético, conquistando dois títulos: os Paranaenses de 1982 e 83. Frieza, boa colocação e reflexos apurados, adjetivos que ajudam a definir o que foi Roberto, que no Atlético ganhou o apelido de Mão de Anjo. Além do Furacão, o ex-goleiro também defendeu equipes como Santos, Vasco, Coritiba, Internacional e Seleção Brasileira.
Foi durante o Campeonato Brasileiro de 1983, quando suas defesas foram fundamentais para a boa campanha do Atlético (o clube terminou na terceira colocação), que Roberto Costa garantiu o título de “melhor goleiro do país” e o de “melhor jogador da competição”. Um fato inédito na história atleticana e que só foi repetido 18 anos depois pelo atacante Alex Mineiro, que também recebeu o prêmio “Bola de Ouro” da revista Placar, na campanha vitoriosa de 2001.
Mas a história do goleiro no Atlético não começou com essa conquista. Ele desembarcou na Baixada em 1978, com a promessa de ser um dos principais jogadores da posição. Para compensar a baixa estatura (1,85m), sua principal característica era sempre estar muito bem colocado nos lances, o que garantia a confiança do elenco e, principalmente, do torcedor atleticano.
Roberto Costa começou a carreira na cidade de Varginha, jogando pelo Flamengo, de Minas Gerais. Antes de chegar ao Atlético, jogou no Santos. Com 24 anos, vestiu a camisa atleticana. E, de cara, identificou-se com torcida. Em sua primeira temporada no clube, teve que amargar a reserva do titular Tobias. Mas, a partir de 1979, garantiu a posição de titular da camisa número 1 do clube.
Os primeiros tempos foram difíceis. Em 79, o clube protagonizou uma campanha irregular que culminou, no ano seguinte, com o susto do temido “Torneio da Morte” no Campeonato Paranaense. Em 82, porém, as coisas começaram a melhorar. Roberto foi peça importante na conquista do título de campeão paranaense.
Em 1983, a consagração com a camisa atleticana: depois de cinco anos de Atlético, Roberto, que foi um dos maiores responsáveis pela espetacular campanha no Campeonato Brasileiro, garantiu também vaga na seleção do campeonato e o título de melhor jogador da competição. Teve participação decisiva em todo Brasileiro, mas suas exibições de gala foram reservadas para os jogos das quartas-de-final e semifinais, contra São Paulo e Flamengo. Seu desempenho firme e seguro deslumbrou paulistas e cariocas. Era hora de partir…
Seu destino foi o Vasco da Gama, mas nem as boas apresentações com a camisa atleticana lhe valeram o posto de titular. Além de viver na sombra do ídolo da torcida vascaína, o goleiro Acácio, Roberto também teve que adotar o sobrenome Costa, para se diferenciar do artilheiro da equipe carioca, Roberto Dinamite. Aos poucos, foi conquistando seu espaço, repetindo a dose no Brasileiro de 1984, quando novamente foi eleito o melhor goleiro do Brasil e o melhor atleta da competição do time vice-campeão nacional. Com esse currículo, não demorou para chegar à Seleção Brasileira. Mas não conseguiu se firmar no time.
Depois que deixou São Januário, Roberto Costa teve rápidas passagens por Coritiba, Internacional, Taguatinga e Caldense. Em 1987 voltou para o Furacão, para encerrar a carreira profissional. Ainda teve pique para disputar a suburbana, defendendo o Vila Fany.