Covardia
Não sei os nomes de quem comanda, dirige ou treina as categoria de base do CAP. Por isso, não vai aí nenhuma crítica pessoal ou atrelada a vertentes políticas. Fato: perdemos duas decisões para o Coritiba nos pênaltis, em menos de um ano. Nas duas, começamos ganhando, cedemos o empate e depois entregamos nas penalidades máximas. Não há aí nenhuma coincidência, é óbvio, pois a postura do time nos dois episódios foi a mesma.
Começamos ganhando, ensaiamos um baile, subimos no salto e perdemos gols decisivos. Era pra ter matado o jogo no primeiro tempo. No segundo tempo, como até o maior neófito sabe, temos um outro jogo, pois o adversário teve tempo de observar e mudar o que lhe desfavorecia. Do outro lado, entre em luminares que dirigiam o Furacãozinho, entenderam que o jogo estava ganho, que bastava administrá-lo esperando para encaixar um arriscado e mal armado contra-ataque. Como quem joga pra empatar perde, no segundo tempo o Coxa foi superior e ganhou.
Antes dos pênaltis, em vez de manter a concentração até o último instante, perto da primeira cobrança, que nem os coxas, os desprezados atleticanos se abraçavam nervosamente perto da grande área, sem ter uma única palavra de encorajamento e confiança por nenhum dos membros da comissão técnica, literalmente abandonados a sua própria sorte. Mal orientados, os dois primeiros cobradores do CAP quase mandaram a bola para fora do estádio, tal o desequilíbrio com que foram preparados para o momento final e decisivo da partida.
Despreparo total, do começo ao final da decisão. Ou o CAP acaba com a comissão técnica que dirige as categorias de base ou ela acaba com o futuro do CAP. Não são comandantes talhados para a vitória.