14 fev 2011 - 20h39

Clube tem lista com seis nomes, mas cogita esperar

O Atlético ainda não contratou um técnico para substituir Sérgio Soares, demitido há dez dias. Em entrevista à Rádio Transamérica na noite desta segunda-feira, o presidente Marcos Malucelli revelou detalhes das negociações do clube com profissionais ao longo dos últimos dias e contou por que não houve um acerto com Falcão e Marcelo Bielsa, os nomes preferidos pelos torcedores.

Também deixou escapar que, na opinião dele, o auxiliar técnico Leandro Niehues seria mantido até que o mercado revelasse melhores opções do que as que estão disponíveis atualmente.

Malucelli não quis confirmar se Silas era o mais cotado e disse que o clube tem uma lista de seis nomes: “Um dos nomes é o Paulo Silas. Nós só vamos atrás de treinador que esteja desempregado. E partindo desse princípio, eu relacionei que são seis treinadores (que estão na lista do Atlético).”

Questionado se Silas representaria uma diferença significativa em relação ao atual interino, Leandro Niehues, o presidente deixou claro que o ex-técnico do Avaí não é dos seus preferidos: “Para ser bem sincero, se eu achasse que tem uma grande diferença nós já teríamos um desses desempregados aqui em Curitiba”.

Assim, ficou no ar a possibilidade de Leandro ser mantido por alguns jogos. “Não darei certeza absoluta de que teremos treinador até domingo”, afirmou o presidente. Porém, ele ressaltou que esta é a sua opinião e que a decisão do clube dependerá de uma avaliação do departamento de futebol.

“Acontece que nós temos um departamento de futebol. Eu tenho que ouvir o que eles falam. Se dependesse exclusivamente de mim, eu não traria nenhum desses nomes. Isso que eu estou dizendo agora pode até ficar ruim porque de repente vai chegar um desses e vão dizer: ‘olha, o presidente disse que não contrataria você’. Mas eu realmente não contraria, mas o diretor de futebol é quem vai decidir isso, é o Valmor Zimermann. O futebol tem autonomia para decidir isso, e eles sempre submetem à minha apreciação, sempre ad referendum presidente”, concluiu.

Busca por nova opção

Durante a entrevista à Transamérica, Marcos Malucelli revelou que o mercado está saturado dos mesmos nomes, que deixam um clube e acertam com outro. “Eu queria sair dessa mesmice. Vai chegar um momento que nós vamos ter que decidir. Mas a minha vontade era inovar. Por isso que nós fomos atrás do Falcão”, contou.

Ele negou que o comentarista da Globo tenha pedido um salário de R$ 500 mil mensais. “Não, não chega à metade disso. O problema nosso com o Falcão não era salário. Embora houvesse uma diferença entre o que ele pediu e o que nós oferecemos, não foi aí que a negociação pegou. Pegou no prazo. Ele tem um contrato de quatro anos com a Globo e queria sair da Globo com um contrato de no mínimo dois anos. Eu não tenho condição de assegurar um contrato de dois anos a ele porque o meu mandato vence em dezembro. Eu não posso deixar um treinador relativamente caro, certamente com cláusula contratual de multa para o caso de rescisão antecipada, para o novo presidente, que assumiria em janeiro engessado já com a questão do treinador. Se ele topasse o contrato até dezembro, eu teria vindo com ele sexta-feira para o Atlético já, sem dúvida nenhuma. Aí eu acho que estaríamos fazendo uma coisa nova”, afirmou o dirigente.

Bielsa

Marcos Malucelli também admitiu que o Atlético negociou com o argentino Marcelo Bielsa, ex-técnico da seleção chilena. Ele foi um dos nomes mais votados em enquete promovida pela Furacao.com.

“Tivemos contato três dias seguidos com o Bielsa. Ele nos disse, já no terceiro dia, que seria um prazer dirigir o Atlético, que tomou informações, foram as melhores possíveis. Sabia que era um clube emergente no Brasil, com grandes condições de alcançar títulos. Mas depois de perguntar para mim o que queríamos do treinador e eu disse para ele queríamos ser campeões – ou Copa do Brasil, ou Sul-Americana e ficar entre os quatro do Brasileiro, senão até brigar pelo título -, e ele disse ao Ocimar que ele não se achava preparador para dirigir um clube brasileiro porque nos últimos sete anos ele só dirigiu seleções, da Argentina e do Chile. Ele disse que estava desatualizado com relação aos clubes – a atualização dele era com relação às seleções de todo o mundo. Então, ele precisaria de um período de adaptação de três a quatro meses, para só aí poder ser cobrado. Aí, Copa do Brasil já era e Brasileiro já estaria andando…”, concluiu.



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