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A maior rivalidade do futebol paranaense, o jogo entre Atlético e Coritiba, chamado de Atletiba, começou após uma partida no dia 05 de dezembro de 1926. Segundo o livro “CAP – Uma paixão eterna”, de Heriberto Ivan Machado, Valério Hoerner Júnior e José Paulo Fagnani, a história dessa rivalidade começou após um empate de 2 a 2, cujo jogo só terminou depois que três árbitros apitassem a partida.

Maximino Zanon foi o primeiro árbitro. Segundo relatos do Círculo da História Atleticana, a primeira confusão aconteceu quando ele deu um gol do Coritiba, cuja bola não tinha entrado. Posteriormente, ele expulsou um jogador do Coritiba que se recusou a sair de campo. Com isso, Zanon ficou ofendido e desistiu de apitar a partida.

Com a saída de Zanon, Orlando Levoratto assumiu a partida. Porém, um gol impedido do Coritiba foi validado por ele e o capitão do Atlético, Marrecão, foi para cima dele e o juiz saiu de campo. Desta vez, sobrou para Moacir Gonçalves, o representante da liga paranaense, conduzir a partida até o final. Surgia então a maior rivalidade do futebol local, pois a partir daí, nenhum dos times aceitava perder o clássico.

Anos 30 e 40

A rivalidade entre os clubes foi crescendo durante a década de 30, quando o clássico era chamado de “cotejo da rivalidade” pelo jornais, e se fortaleceu nos anos 40. Em 1933, uma forte gripe atingiu o elenco rubro-negro. Faltavam 15 dias para o Atletiba e o Atlético solicitou o adiamento do jogo, porém o Coritiba não aceitou e a partida foi mantida. Em uma reunião, os dirigentes cogitaram entregar os pontos, mas os jogadores decidiram jogar. O jogo, no dia 21 de maio de 1933, terminou 2 a 1 para o Furacão, com gols de Raul Rosa e Marreco. Os jornais da cidade ressaltaram o feito e o diário “O Dia” dizia: RAÇA 2X1! A partir disso o Atlético tornou-se o Clube da Raça.

Foi na década de 40 que Atlético e Coritiba começaram a se enfrentar em finas do Campeonato Paranaense. Os times decidiram a competição em 1941, 1943 e 1945, com o rubro-negro vencendo essas duas últimas decisões. Em 1946 aconteceu o “Atletiba dos 8 minutos”. O Coritiba abriu o placar aos três minutos de jogo. O Atlético chegou ao empate aos oito minutos, gol de Jackson. Após o gol, Cireno foi repôr a bola e na volta, aproveitou para puxar o gorro do goleiro Belo, que era careca. Com raiva, Belo correu atrás de Cireno e bem na frente do árbitro, agrediu-o. Com isso, foi expulso. Os alviverdes exigiam a expulsão de Cireno, o que não ocorreu. Inconformados, os jogadores do Coritiba abandonaram o gramado, a mando da diretoria. Com isso, o Atlético foi considerado o vencedor.