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23 fev 2011 - 13h58

Bandidos da Bola (reedição)

Peço a permissão dos colegas para reproduzir aqui um texto que fiz quando o Atlético recém tinha perdido para o Náutico aqui na Arena, de virada, 3 a 2, anos atrás, pois creio que as coincidências não são poucas com o atual momento do clube.

Estamos a padecer pela ausência de bandidos. Mas, a meu ver, infelizmente não somente na equipe, mas agora na diretoria que anda capenga faz tempo.

Bandidos no bom sentido, da matreiragem, da esperteza positiva, de saber fazer uma boa limonada com os limões disponíveis…

Vamos lá…tirem suas conclusões:

‘Ao meu modesto ver basta de bonzinhos. Precisamos de Bandidos no time. Bandidos com “B” maiúsculo.

Já notaram que equipe sem bandido não rende ? Ou na hora agá joga a toalha, entrega os pontos ? Fica insípido. Sem graça.

Rendamo-nos aos fatos.

O Náutico tem dois: o tal do Asprila e o Carlinhos Bala. O primeiro bate até na mãe (no que é secundado pelo careca Gladstone); o outro se posa de bonzinho, cumprimento todo mundo, e mineiramente (acho que ele aprendeu na passagem pelo Cruzeiro), vai comendo pelas beiradas, levando arbitragem e tudo o mais pela frente.

O Fla tem o Imperador (bandido comunitário), o Bruno – goleiro – que é chegado num festerê com os amigos. E ainda um tal de Juan que não gosta de ver os dribles dos adversários. Puros bandidos !

O Flu tem o Luiz Alberto e o Fred (enjoou da organização e frieza européia) e veio pra efervescência do futebol carioca. Sem falar no goleiro com nome de presidente que apóia tiroteio das organizadas.

O Inter tem o Magrão, o Kleber, os estrangeiros Guinazú e D’Alessandro (acho que é assim que se escreve o nome do gringo). Por isto estão onde merecem. Sabem o valor da bandidagem.

O Santo André com o Marcelinho Carioca, o Fernandão – já quarentão – o goleiro Neneca (com o bonzinho Diego na reserva). Prá lembrar apenas dos mais importantes, pois no vetusto time certamente outros existem.

O Corinthians recheado com Douglas, Dentinho (cotovelo e língua sempre certeiros), Chicão, Cristian e Willian. Tudo bandido !

O Santos de Fábio Costa (Phd em bandidagem), Fabão e o Kleber, agora Pereira.

O Grêmio tem um baita (homenagem pros gaúchos) que é o Tcheco. E de quebra um argentino milongueiro pra auxiliá-lo.

Os bambis, nem se fale, é uma bandidagem só ! E prá todos os gostos.
O Palmeiras tem o Marcos (engana-se quem pensa que o guapo é do time dos bonzinhos). E creio estar me esquecendo de mais alguém nos palestrinos.

Até o Vasco na segunda divisão tem o seu: Carlos Alberto.

Sinto saudades do Gilberto Costa (bandidaço), do Dreyer (pena que tava se aposentando e veio dos coxas, até nisso bandido !), o É Carlinhos Sabiá (era marvado sim, qualidade nata dos bandidos), Fião (esse era um bandido mais físico), do Nem, e do último bom que tivemos, o Claiton.

Goiás, Galo, Cruzeiro e Vitória também os possuem. Alguns disfarçados de bons moços, pura máscara.

Curiosamente, não avisto bandidos nos times que estão na rabeira da tabela do Brasileirão. Mera coincidência ?

Neste diapasão, minha tese tá comprovada como certa !

Bandidos podem até jogar mal que não aparece. Ladinos que só eles fazem os outros dez jogarem bem !

Comandam a equipe dentro de campo.

Que se dane se prestam exemplo negativo. Importa aqui é fazerem o resultado ! Afinal, prestígio, poder e grana estão em disputa.

E nós? Um Rafael Moura e só. Que se pode denominar como um pseudo-bandido, que é o Rafael Moura, mas no lugar errado ! Bandido bom geralmente joga do meio pra trás.

Logicamente a expressão não tem nada a ver com a imputação de fatos ilícitos a quaisquer dos atletas por mim denominados.

O Bandido deve ser interpretado como aquele jogador que faz a função do técnico, comandando as ações dos demais colegas de trabalho, mas dentro de campo.

O Atlético Paranaense, precisa de bandidos. Assim mesmo, no plural. Urgente ! ‘



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