27 fev 2011 - 20h22

Vitória para amenizar a crise

Após duas derrotas vexatórias fora de casa, o Atlético retomou o rumo da vitória em sua volta à Arena da Baixada e na estreia do novo, porém velho conhecido da torcida, técnico Geninho.

O treinador, que foi apresentado oficialmente apenas na última quinta-feira, teve pouco tempo para trabalhar com a equipe, porém já a deixou com a sua cara. Mudando o esquema tático do 4-4-2 para o 3-5-2, o esquema preferido do técnico, o Atlético venceu a equipe do Rio Branco pelo placar de 2 a 0.

Antes mesmo do início da partida, o clima era pesado na Arena. A equipe, que já havia sido recepcionada por torcedores em protesto no estacionamento do estádio, entrou em campo vaiada e sobre os gritos de “Vergonha! Vergonha!”, em alusão às derrotas recentes contra Coritiba e o Rio Branco-AC. Dos jogadores em campo, apenas Madson e Lucas tiveram seus nomes entoados pela massa rubro-negra, que também lembrou de Claiton, no banco, e Paulo Baier, machucado.

Manoel, que se envolveu em polêmica após a partida do meio de semana no Acre, foi perseguido pelos torcedores durante toda a partida, assim como Fransérgio que, mesmo no banco de reservas, foi duramente xingado por grande parte da torcida presente no estádio.

O jogo

O Atlético foi em busca do resultado assim que o pontapé inicial foi dado. Com uma equipe tecnicamente muito superior ao Rio Branco, o domínio do jogo era todo do Atlético. Porém, a equipe não conseguia traduzir todo o seu volume de jogo em bons lances.

Aos 4 minutos Alê, após uma dividida na intermediária, acertou a bola no travessão. Após este lance a equipe só voltou a levar perigo com Paulinho, em chute de dentro da área, e Lucas, após primoroso lançamento de Heverton, que finalizou mal também dentro da grande área adversária.

O tempo ia passando, a torcida se irritando, e a equipe não conseguia criar chances por outro setor senão o esquerdo, com Paulinho. E foi justamente por lá que a jogada do primeiro gol foi construída, aos 34 minutos da etapa inicial. O lateral esquerda cruzou, em sequência, uma, duas, três vezes para a área adversária até que a bola chegou em Heverton, estreante da noite. O meia chutou em cima do zagueiro, e no rebote limpou o mesmo defensor para chutar no cantinho da meta defendida por Fabrício e abrir o placar no Caldeirão.

O Rio Branco teve sua vida ainda mais dificultada após expulsão infantil do zagueiro Willian, que perdeu a bola para Wescley e cometeu falta. Como já havia recebido cartão amarelo, levou o segundo e foi mais cedo para o chuveiro. Na cobrança Paulinho quase aumentou o placar, mas o primeiro tempo ficou nisso.

Com a segunda etapa, o segundo gol

Com a vantagem no placar e no número de jogadores, o esperado era que o Furacão partisse para cima e construísse uma goleada. Geninho até modificou a equipe para que isto acontecesse, alterando o esquema de 3-5-2 para um 4-3-3, com Manoel na lateral direita, Kléberson voltando ao meio-campo e Mádson atuando como atacante pela esquerda. Porém, o que se viu foi praticamente um replay dos primeiros 45 minutos.

Com um domínio ainda maior dentro de campo, o Atlético criava chances com a dupla Mádson e Paulinho, mas não conseguia revertê-las em gol. Foram vários cruzamentos de ambos, além de três boas oportunidades do lateral já dentro da área adversária, mas que não terminaram com a bola no fundo das redes da equipe de Paranaguá.

O domínio persistia, Geninho fazia alterações (Claiton no lugar de Heverton e Henan no lugar de Kléberson) na equipe, que continuava a perder oportunidades com Lucas, Mádson e Paulinho, mas o gol não saia. Até que, assim como no primeiro tempo, o relógio marcou 34 minutos jogados.

Em escanteio pela esquerda, Madson levantou a bola na área e Gabriel, livre de marcação, só teve o trabalho de cabecear e correr para o abraço. Era o gol para acalmar a torcida e aliviar a equipe.

O jogo seguiu morno, com o Furacão apenas trocando passes e tentando, vez ou outra, algumas investidas, até o apito final do árbitro aos 47 minutos. Com a vitória, o Atlético fecha o primeiro turno do Campeonato Paranaense na terceira colocação, atrás de Coritiba e Operário, com 21 pontos ganhos.

Para o novo treinador, a vitória foi fundamental para abaixar um pouco a poeira dos últimos resultados. “Espero que o resultado assente um pouco a poeira, mas não vai apagar o fogo. Temos que trabalhar para voltar a ter a confiança da torcida”, finalizou Geninho.

%ficha=820%



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…