É chegada a hora!
Caríssimos atleticanos, sejamos sinceros – já era; acabou; ferrou; o Campeonato Paranaense para nós será uma utopia.
Nosso arremedo de time não resistirá.
Estamos totalmente enfraquecidos e desprovidos do mínimo de qualidade para se jogar com segurança e certos da vitória. Nosso time não existe.
O futebol praticado pelo onze atleticano é, guardadas as devidas proporções, digno dos campeonatos periféricos e sem qualquer importância no cenário nacional.
Estamos, infelizmente, muito inferiores ao nosso único rival estadual, individualmente e coletivamente e não há, no curto prazo, nada que se possa fazer para reverter a situação.
Nosso declínio faz parte de um processo – amadores cuidando do futebol profissional.
Descuidaram de manter uma base verdadeira e trouxeram alieníginas de todas partes que aqui chegam, se assustam com a ‘estrutura’, são mal orientados, não criam qualquer vínculo afetivo, pensam em fazer daqui um trampolim e, assim, numa espécie de roleta viciada, os ciclos iniciam-se e encerram-se, numa rotina chata, monótona e mórbida.
As avaliações – se é que estas existem – demonstram categoricamente o nível amadorístico do nosso departamento de futebol. Nâo é possível apostar e contratar tão mal, por tanto tempo, sem que se tenha uma consequência danosa de tais atitudes.
O nível técnico do nosso futebol beira o sofrível. Devemos estar entre os times de primeira divisão com o maior número de passes errados, dos últimos três anos. Vejam – estou me referindo ao ‘be-a-bá’ do futebol – acertar passes curtos ou longos. Imaginem questões mais complexas como esquemas táticos! Quer dizer – é preciso mudar radicalmente.
A roda gira e ficamos nós aqui ‘dando milho aos pombos’, enquanto os outros se atualizam e melhoram. Até quando?
Penso que é chegada a hora de saírmos do marasmo. Vamos fazer a limpa nesse plantel. Mandar pegar a BR os imprestáveis – inclusive os não jogadores – avaliar verdadeiramente o mercado, traçarmos uma estratégia e usarmos o resto de campeonato para formarmos um TIME de verdade.
Disse e repito – no Brasileiro não teremos o fator ARENA a nosso favor e, sem uma equipe forte, correremos sérios riscos.
Me perdoem, mas as discussões políticas ou se a, b ou c é melhor ou pior que d, e ou e, em nada mudarão nosso jogo e esse, a bem da verdade, sumiu faz tempo do nosso cotidiano.
Pensem nisso!