Geninho: “Está ficando muito difícil jogar na Arena”
O técnico Geninho concedeu entrevista coletiva após a derrota do Atlético para o Operário por 2 a 0 na tarde deste sábado na Arena da Baixada. O péssimo resultado deixa o Rubro-Negro em situação difícil no Campeonato Paranaense. Apenas Geninho foi à sala de imprensa para conversar com os jornalistas. Normalmente, os jogadores também concedem entrevistas.
Na avaliação de Geninho, o Atlético jogou bem no primeiro tempo, mas cometeu erros e isso comprometeu o jogo. Ele observou que os jogadores estão sendo muito cobrados pela torcida e que isso prejudica o rendimento.
Por fim, ele admitiu que o rendimento do sistema defensivo está abaixo do esperado e isso é preocupante. Confira abaixo as principais passagens da coletiva:
CHANCES CRIADAS
“Do meio pra frente, o time evoluiu bem. O time estava criando jogadas pelos lados, com o próprio Manoel. Tivemos três lances de jogada de aproximação, de toques onde o atacante ou o meia chegou em condição de concluir. No primeiro tempo tivemos cinco chances contra três do adversário.”
PRIMEIRO TEMPO BOM
“Nós perdemos pelos nossos erros. Não fizemos um mau jogo. Respeito a opinião de todo mundo, mas no primeiro tempo não fizemos um mau jogo e perdemos o jogo ali. No segundo tempo, o Operário se fechou demais e começou a jogar no nosso erro. Nós tivemos algumas chances esporádicas, foi mais um jogo de volume do que de chance. Jogamos melhor no primeiro tempo do que no segundo. No segundo tempo entra um monte de ingrediente.”
PRESSÃO DA TORCIDA
“Está ficando muito difícil jogar na Arena. A Arena que sempre foi a arma do Atlético está virando a grande inimiga. Você não pode nem criticar o torcedor, porque o torcedor está vendo o time não corresponder aos anseios. é uma situação complicada, de um time que não está jogando bem, que quer se recuperar, e que tem a pressão da sua torcida.”
PAULO BAIER
“Tinha muita gente que não estava bem no jogo. Se eu tivesse mais substituições, eu poderia fazer. Infelizmente, eu só tinha três e você tem de arriscar. O Baier era um jogador de qualidade. Dentro de muita gente que não estava bem, acho que você tem de preservar quem tem qualidade.”
ALTERAÇÃO NA ZAGA
“Eu escolhi o Manoel, mas poderia ter escolhido os outros dois (Gabriel e Flávio). Estão no mesmo nível. A manutenção do Flávio foi porque ele é um dos únicos que faz o lado esquerdo. Concordo que tivemos falhas defensivas. Vamos ter que continuar procurando soluções. Não adianta fazer caça às bruxas porque as inscrições estão encerradas. Não adianta chegar aqui e desfazer tudo porque perdeu. É um momento de muita cobrança no Atlético. Muita gente faz e depois paga caro lá na frente, de mudar quatro, cinco vezes o time. No final do Paranaense será feita uma análise. Os que aprovarem continuam, os que não aprovarem serão substituídos.”
MEDIDAS
“Na hora boa todo mundo joga. Torcer para time que está ganhando também é fácil. Essa hora que é difícil. As providências serão tomadas, mas no momento certo. Agora, a oferta no mercado não está boa. Todos os campeonatos rodando, tudo fechado, é complicado. Tem de ir vendo nos outros campeonatos qual jogador tem possibilidade de sair. Não adianta sonhar: vamos trazer o Adriano, o Ronaldinho. Isso é utopia. Tem de ter calma.”
SISTEMA DEFENSIVO
“O sistema defensivo preocupa. Preocupa porque tem tido um tipo de falha que é repetitivo: marcar dando espaço. A gente está achando alguns espaços, mas outras não estão funcionando. Foi o setor mais mexido, foi praticamente desmontado. Você tinha o Valencia, que fazia a frente. Saiu o Rhodolfo e o Chico, e saiu um goleiro convocado para a Seleção. Num setor onde jogam seis saíram quatro. Claro que preocupa. Você de repente vai ter de buscar opções, que não estão muito fáceis no mercado.”
JOGAR A TOALHA
“O futebol nos dá muitas lições. Há um tempo atrás, o Fluminense tinha 99% de chance de cair e não caiu. No futebol as coisas acontecem. Você tem de entregar os pontos quanto faltar seis rodadas e você está sete pontos atrás. Aí você está fora. O maior prejuízo nosso é que nós não dependemos mais só da gente. A hora que matematicamente não tiver jeito, aí acabou. Mas não é o caso. Você não pode de maneira nenhuma jogar a toalha. Temos 21 pontos para disputar. A gente não sabe o dia de amanhã.”