Quem não faz, toma
Os mais de 11 mil atleticanos que compareceram à Arena da Baixada na tarde de hoje enfrentaram uma fria tarde curitibana na esperança de ver uma boa vitória do Atlético. Não aconteceu. Cometendo falhas no ataque e na defesa, o Rubro-Negro sucumbiu ao Operário pela segunda vez no campeonato: 2 a 0.
Com a equipe escalada no 4-3-3, com Manoel na lateral direita, Vitor de primeiro volante e Mádson como ponta esquerda, o Atlético iniciou o primeiro tempo cometendo muitas faltas. Foram três antes do relógio completar dois minutos de partida.
Após o aparente nervosismo inicial o jogo ficou muito disputado, com ambas as equipes buscando o ataque. Infelizmente, o adversário teve mais competência para botar a bola no fundo das redes. Aos 11 minutos o goleiro Renan Rocha fez uma linda defesa após um chute com muito efeito vindo da entrada da área. Um minuto depois, Mádson fez falta desnecessária no adversário próximo a linha lateral direita, e na cobrança Mateus apareceu para cabecear a bola para o fundo do gol.
Com a desvantagem no placar o Atlético se lançou para cima do Operário. Paulo Baier teve três oportunidades de empatar a partida, mas falhou na conclusão em duas delas e o goleiro Iván, um dos destaques do jogo, fez grande defesa em cobrança de falta.
O tempo foi passando e o Rubro-Negro continuava com a posse de bola e pressionando o adversário, porém perdendo as oportunidades que eram criadas. E no futebol nenhum ditado é mais verdadeiro que o seguinte: quem não faz, toma. Aos 35 minutos Gabriel e Flávio deram bobeira e Ícaro recebeu a bola livre dentro da área. O jogador teve tempo de dominar, cortar para o meio e chutar no cantinho da meta defendida por Renan Rocha, que foi na bola mas não conseguiu cortá-la, deixando-a passar por baixo de seu braço direito.
Após o segundo gol a equipe atleticana se desanimou e não conseguiu criar mais oportunidades de perigo, partindo para o intervalo sob vaias da torcida e com a desvantagem no placar.
Vantagem numérica, resultado igual
Veio o segundo tempo e com ele as mudanças. Vitor deu lugar a Wágner Diniz e Manoel a Kléberson, porém os atletas jogaram em suas respectivas posições.
Durante toda a segunda etapa o Furacão pressionou o Operário, às vezes de forma desordenada e afobada e outras com inteligência. Porém o número de finalizações foi baixo até o minuto 28, quando o camisa 10 do Operário recebeu o segundo amarelo e foi expulso de campo.
Madson lamenta mais uma chance desperdiçada [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
Com a vantagem no número de jogadores, Geninho retirou Robston para a entrada de Adaílton e o Atlético passou a jogar todo no campo ofensivo. Mádson, principalmente, Gabriel, Paulo Baier e Paulinho chutaram algumas vezes ao gol adversário, obrigando Iván a fazer grandes defesas e garantir o resultado positivo para o visitante.
O estrago só não foi maior pois Renan Rocha salvou o que seria o terceiro gol do adversário, na sua única investida durante toda a segunda etapa, após falha de Wágner Diniz em um rápido contra-ataque.
Com um alto número de oportunidades desperdiçadas e com protestos agudos de todo o estádio, que chegou até a gritar “olé” em algumas oportunidades em que o Operário mantinha a posse da bola, o jogo teve seu fim aos 48 minutos, um minuto a menos do que o indicado pelo árbitro.
Após nova derrota, o título do segundo turno do certame estadual fica ainda mais longe, ao mesmo tempo em que a insatisfação da torcida só aumenta.
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