O X da questão
Dez minutos antes do fim da partida contra a briosa esquadra do fantasma ponta-grossense fiquei matutando sobre as coisas do Atlético Paranaense. CT, patrocínios, medicina esportiva avançada, negociações positivas, Copa na Arena, etc… mas o carro-chefe, que é o futebol, há tempos, tornou-se uma babel.
Impressiona ver que detemos a maior torcida dentre os clubes paranaense e conseguimos a proeza de captar um supervisor que já foi presidente do co-irmão?! (A propósito, gostaria de saber como o mesmo consegue acumular função pública no Tribunal de Contas e o cargo no rubro-negro. Alguém me traduz, por favor)
Sempre defendi que uma pitada de amadorismo nos assuntos internos relacionados ao futebol não nos faria mal, e vejo que minha teoria está longe de estar equivocada.
Assusta este falso e estéril profissionalismo implementado na administração do futebol atleticano, em realidade um trampolim de negociatas estranhas ao objetivo precípuo do clube, tudo de forma alheia ao associado, quiçá ao torcedor comum, tudo blindado por escaramuças jurídicas que tão bem conheço (leia-se estatutos, regimentos, etc…).
Nosso presidente, coitado, já não mais sabe a quem representar. Perdeu-se, como outros, tal qual Narciso e o espectro de egolatria que assola muitos detentores de certo status, iludido em uma grandeza vã que a instituição ainda estava a sedimentar.
Trouxemos heróis de batalhas e guerras passadas para o combate, quando estes já não mais dispunham do viço anterior, ou, não se encaixariam às necessidades do futebol moderno e às peças disponíveis, trazidos que foram para iludir e abrandar o furor da massa atleticana.
Com isto, destroçamos o respeito à imagem e ao serviços prestados recentemente, entre outros os casos de Alberto, Gustavo, Alex Mineiro, Claiton e Geninho.
Aqui, neste muro de lamentações disponibilizado via eletrônica só nos resta choramingar para nós mesmos, pois dos que nos representam na diretoria rubro-negra pouco temos a esperar neste ano, a não ser torcer para permanecermos na primeira divisão !
O Atlético Paranaense, para retomar o caminho do crescimento, precisaria, sobretudo, de um choque de gestão, uma completa reviravolta em seus conceitos.
Daí às mudanças no produto final.