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2 abr 2011 - 13h41

Para nossa torcida virar coxa, só falta vestir verde e branco

Afora alguns textos dotados de certa lucidez e racionalidade, os demais postados neste democrático espaço demonstram que a torcida do Atlético Paranaense não existe mais.

O atleticano tinha por principais características a raça, a vontade, o sangue forte, a teimosia de não desistir nunca, e o orgulho de ser atleticano.

Tais características resultavam em um conjunto de loucos apaixonados que cantavam sem parar não apenas durante o jogo inteiro, mas por 2h30, 3h, e até 4 horas dependendo da importância do jogo.

Torcida inflamada, que fazia da arena um legítimo caldeirão, contagiando os jogadores, que tal qual fizeram os jogadores do Santa Cruz no jogo da semana contra o São Paulo, corriam o dobro, o triplo, dividiam todas, e faziam da raça a arma para superar a técnica de clubes de investimentos superiores.

Esta sempre foi a única arma do Atlético, a sua torcida, NUNCA tivemos times superiores aos outros grandes, vencemos em 2001 no abafa, na base do grito, e certamente não teríamos na nossa sala de troféus aquela relíquia se não tivéssemos disputado a semi e as quartas em jogo único no caldeirão do diabo.

E não pensem que esqueci de 2004, onde perdemos para outra equipe superior à nossa, a do Santos, time base da seleção nos anos seguintes.

As provas de que o Atlético se resumia à pressão da sua torcida são os números, tínhamos aproveitamento superior a 70% na arena em todos os campeonatos, seja paranaense, brasileiro ou libertadores, enquanto nossos limitados jogadores sofriam para atingir os 30 ou 40% de aproveitamento fora de casa.

Outro exemplo disto que estou falando foi o desespero São Paulino para tirar o jogo da final da Libertadores de 2005 da arena, e levá-lo para o longinquo beira-rio, campo neutro, em que as arquibancadas são extremamente distantes do campo.

Ainda assim, 25 mil rubronegros e o 1 x 1 no placar, equilibrAMOS o primeiro jogo, para em seguida nosso fraco elenco ser goleado em São Paulo.

Desde então, nossa principal arma foi destroçada, primeiramente por ficarmos mau acostumados com as vitórias, e passarmos a exigir que o time vencesse, quando em verdade quem havia vencido os outros campeonatos eramos NÓS, nas arquibancadas, na base do grito, do incentivo e da pressão.

Em seguida, nosso querido ex presidente tratou de por uma pá de cal sobre nossa torcida, impondo todo tipo de dificuldades às organizadas e elitizando a arena.

Hoje, desde então começamos a ser apenas mais uma torcida de futebol, para agora fechar com chave de ouro a nossa extinção, ao agir tal qual agem aqueles que mais criticávamos, nossos queridos rivais, os coxas.

Vejam se não estamos como eles: somos 20 mil sócios, mas apenas 10 mil vão ao estádio; pensamos que somos grandes, e que temos de passar por cima de clubes de menor expressão, mas em verdade SEMPRE tivemos times e elencos de baixa qualidade técnica; reclamamos de tudo e de todos, e queimamos jogadores jogo a jogo; e por fim, nos preocupamos mais com nosso rival que com nosso próprio umbigo.

Ano passado este mesmo espaço estava recheado de textos em que esta nova modalidade de atleticanos afirmavam, categoricamente, que o atlético seria rebaixado. Xingavam a tudo e a todos, criaram um clima terrível no clube, que atrapalhou muito a diretoria e o time, que só começaram a ser realmente incentivados a partir da metade do campeonato.

Neste ano o filme se repete. Que a diretoria cometeu erros todos sabemos, mas não são tantos quantos os enumerados pelos colegas atleticanos neste espaço.

Não tenho dúvidas em afirmar que nunca tivemos um elenco tão qualificado e caro como o que temos hoje, jogadores como Guerrón, Madson, Paulo Baier, Manoel, Robston, e Kleberson teriam lugar cativo no nosso co-irmão.

Todos pretendidos por outros clubes, e recebendo altos salários para jogar no furacão.

O Robston foi um dos melhores jogadores do campeonato brasileiro do ano passado, e muitos clubes tinham interesse na sua contratação, e o furacão buscou. Veio de graça, ótimo, significa que nossa diretoria trabalhou bem.

O Kleberson não é o pelé, mas é bom volante, experiente, e precisa apenas de ritmo de jogo e de um encaixe no time para voltar a jogar aquela bola de antes.

No entanto, todos estes jogadores já foram axincalhados neste espaço e também durante partidas na arena, por torcedores que em verdade utilizam o CAP como uma forma de descarregar seu estresse.

O coitadão do Kleberson foi improvisado na lateral, jogou poucos jogos, e ainda assim já existem torcedores e principalmente cronistas esportivos que querem ele longe daqui.

Ora, será que ele teve o tempo necessário para se entrosar, para pegar ritmo de jogo, e para compreender o esquema tático do time?

O mesmo vale para o Robston, que em apenas dois jogos já era execrado neste espaço, sendo vaiado no estádio.

Pera lá torcedor atleticano, ser exigente é uma coisa, nós estamos sendo chatos, e mais, estamos sendo burros, pois ao queimar jogadores nós mesmos vamos sofrer, uma vez que o seu baixo rendimento prejudicará o nosso time, e não o salário deles.

Complicado que muitos não percebem isso, e culpam sempre os outros. Beira o absurdo culpar nossa diretoria pelo fato de o Anderson Aquino estar bem no coxa.

Ora, FOMOS NÓS QUE O ENXOTAMOS DAQUI, gritando a plenos pulmões que ele era horrível, e que nossa diretoria era burra por manter um jogador como ele no elenco.

Digo mais, ele é sim muito fraco, mas teve a sorte de entrar em um time entrosado, que joga junto há dois anos, que teve um dos melhores treinadores do país, e agora tem outro que esta dando sequência ao seu trabalho.

O Atlético errou ao contratar SS, e agora vem pagando por isso, teve de trocar de treinador durante o campeonato, não pôde fazer pré-temporada, pois o Geninho só chegou agora.

Ainda assim, mesmo tendo sofrido uma enorme reformulação o Atlético tem um excelente aproveitamente no campeonato, e é hoje a segunda melhor equipe, atrás apenas dos ervilhas que, como dito, só estão onde estão pelo entrosamento do ano passado.

A campanha do Atlético não está assim tão abaixo da crítica, ocorre que nosso rival está acima das expectativas, e vencendo absolutamente todos os seus jogos.

Temos de ter paciência, ajudar nosso time, voltar a jogar junto com eles, pois este elenco esta jogando fora de casa todas as partidas.

NUNCA TINHA VISTO O ATLÉTICO TER MELHORES RESULTADOS FORA DO QUE DENTRO DE CASA. Se o time fosse ruim, não estaria vencendo fora.

O Geninho tem 8 vitórias, uma derrota e um empate, e ainda assim não damos um voto de confiança para ele, e questionamos o trabalho como se estivéssemos no fundo do poço.

Está na hora de mudarmos um pouco, voltarmos a ser atleticanos, deixar tanto o time do coxa quanto o espírito de porco dos coxinhas de lado, analisarmos a nossa situação e não a deles.

Temos de retornar àquele lema que durante muitas décadas nos guiou: O ATLÉTICO NOS UNE, E A UNIÃO NOS FORTALECE.

Vamos lá rubros-negros, nada está perdido, e a Copa do Brasil e o Brasileirão vem ai para provar isto.



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