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3 abr 2011 - 23h13

Velocidade

Torcedor do rubro-negro curitibano, desde a minha infância acompanho os passos desse estimado clube paranaense a quem, devotamente, reservo algumas horas na semana para torcer por ele.

Quando meu pai ainda era conselheiro do Furacão da baixada, íamos sagradamente assistir aos jogos, naquela época, primeiro no inestimado Estádio Joaquim Américo; posteriormente, no Pinherirão; Couto Pereira; Vila Capanema; Vila Olímpica. Mas foi diante dos apelos da torcida descontente por não ter o seu estádio que o ilustríssimo ex-presidente José Carlos Farinhaque conseguiu dar início ao processo que nos trouxe de volta a nossa casa.

Não obstante todos esses tempos difíceis aos quais o Atlético Paranaense passou longe de sua morada, sempre manteve uma característica visivelmente sua: a velocidade. O nosso time sempre teve um ataque ofensivo, veloz, pois quando éramos menores, para não dizer pequenos, a marcar registrada tática era o contra-ataque.

Contudo, atualmente, é algo que há algum tempo não tem se manifestado em nosso time. Temos um meio-campo apático e toda semana ouvimos a notícia de que mais um volante está sendo contratado.

O elenco de nosso time não é tão depreciável a ponto de nosso maior rival, o Coritiba, estar levando ‘de mãos beijadas’ o título do campeonato paranaense. É notável que ‘há algo de estranho no reino da Dinamarca’.

A nossa torcida mantém-se, como também notável característica sua, fiel e leal ao time. Vai a todos os jogos, mas, cegamente, não consegue enxergar o que está acontecendo.

Enaltece de forma sobre-humana jogadores que na verdade mereciam um belo de um sermão. Sim, estou falando de jogadores como o ‘maestro’ atleticano, o Sr. Paulo Baier.´

Fica visível que o elenco todo tem que jogar em função deste meio-campista que, atualmente, demonstrou um futebol de péssima categoria. Não há recuperação do mesmo nas jogadas, ele não consegue voltar para marcar, e a jogada que agora se tornou a característica de nosso time é a bola alçada, o famoso balão.

O time deve tentar jogar pelas laterais e alçar uma ‘bolinha’ ou ‘cavar’ uma falta na frante da área central do gol adversário, senão não há como adicionar ao placar em nosso favor.

Estou em todos os jogos e sempre estarei lá. Fui criado dessa forma. Mas o futebol que estou vendo é esse.

A título de exemplo, hoje, dia 03.04.2011, no jogo entre o Atlético e o Paraná Clube, o que fez o Sr. Paulo Baier? Não houve nenhuma falta marcada na ‘boca’ da área, então não surgiu oportunidade para ele participar do jogo. Na verdade, no primeiro tempo do jogo, teve que tentar cruzar a bola por três vezes.

O que está tentando se colocar aqui em questão é que, enquanto uma equipe inteira estiver jogando em função de um jogador só, o nosso time não deixará de apresentar esse futebol menosprezável.

Além disso, incrível jogadores como o Branquinho e o Everton estarem como reservas. São jogadores velozes que foram ‘queimados’ por técnicos que insistiam em colocá-los para jogar com o Paulo Baier, o qual conduz um jogo de forma que não há coadunar aqueles jogadores nos esquema tático.

Desta forma, para concluir, pelo amor de Deus, tirem o Paulo Baier do time. Não podemos viver de bolas paradas. Precisamos de um time veloz novamente. Agressivo. Não há como manter um jogador como titular apenas para cobrar faltas, pois é só isso que o camisa dez faz. Ele prejudica o Madson que é um velocista, o Wagner Diniz, o Guerrón, o Nieto e outros tantos que tem que jogar em prol do Paulo Baier. E por favor, parem de bajular tanto o ‘maestro’. Não quero desmerecer um sujeito que foi um grande jogador, conhecedor de ‘bola’, mas a idade chega. Não quero esquecer que ele contribuiu ano passado no campeonato brasileiro, mas a idade chega. O Fôlego acaba.

Que esse manifesto procure acrescentar a VELOCIDADE novamente em nosso time. Tudo em prol da agressividade e ofensividade do futebol.



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