Monique Silva

Grandes ex-jogadores rubro-negros que voltam à Arena da Baixada costumam relatar as mesmas impressões quando reencontram a torcida atleticana ou pisam novamente no solo sagrado de tantas conquistas e vitórias. Mas quando se trata do maior artilheiro do clube, a história é diferente. Na noite de quinta-feira, Sicupira trocou de lado: foi o treinador da equipe Amigos do Paraná contra o time Amigos do Japão, no amistoso beneficente que reuniu grandes nomes do futebol brasileiro e mundial. “Voltar à Arena foi um orgulho, uma glória”, resumiu.

Maior artilheiro da história do Atlético Paranaense, com nada menos que 154 gols assinalados, Sicupira desempenhou desta vez outro papel em campo e foi um dos treinadores no amistoso. “O comando foi meio relativo porque na minha preleção você ia dar muita risada. Discursou o governador, enfim, todo mundo, aí uma hora eu disse: ‘O único que não fala nesse time é o técnico’? Mas dar instrução ou ensinar alguma coisa para esses caras é sacanagem. Pedi que eles se reunissem, não tomar muitos gols, fizemos as substituições ao decorrer do jogo e enfim, foi um resultado justo”.

Sicupira também destacou a grande presença de torcedores na Baixada para prestigiar o evento beneficente. “Foi um espetáculo maravilhoso. Acho que o mais otimista não acreditaria que vinha tanta gente, que a festa ia ser tão bonita e com um resultado justo que premiou as duas equipes. Só tenho que agradecer a essas feras, Zico, Romário, todos que estiveram no meu time também, pela colaboração. Teve gente que veio doente, de longe, que fez de tudo pra chegar aqui, só temos que agradecer. Os japoneses vão ficar sabendo disso e vão se espantar que a gente se importou com eles, além de ajudar também o povo aqui do nosso litoral”, finalizou.

Sicupira matou as saudades da Baixada [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]