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16 abr 2011 - 20h43

Multiplicar acertos

Nossa rotineira mudança de humor causada pelos resultados inesperados do Atlético. 2011 tornou muitas vezes o futebol em algo longe de ser entretenimento. A crítica deve ser firme contra a diretoria por esses acontecimentos. Manter o Sérgio Soares foi um erro óbvio, técnico de times medianos, SS manteve o bom esquema tático feito por Carpegiani em 2010. A manutenção dele nesse ano esbarrou na questão de montarmos um time novo. Boas contratações foram feitas em minorias, apostas em jogadores ruins foram feitas em maioria, tanto erro assim atrelado aos erros básicos do eterno “coach” do Santo André só podia resultar em mal resultado dentro de campo.

O planejamento tão defendido pelo clube, que contratou Madson já no final de 2010 nos trouxe a falsa imagem de que o departamento de futebol estava trabalhando em nomes bons como novidade ou reposição das possíveis perdas. Não culpo a diretoria por Rhodolfo e Neto terem ido embora, isso era inevitável, culpo ela pelo fato de não fazer reposição no sistema defensivo e nos deixar com uma defesa extremamente vulnerável. E assim começou o Paranaense, um ataque que nos dava esperança e uma defesa que nos deixava em dúvida. O ataque não deslanchou, a defesa menos ainda, enquanto isso o rival voando em campo através de um motor movido a empresários e incompetência nossa.

O nosso desastre no Paranaense e a ascensão do rival Coritiba a um patamar de “Barcelona brasileiro” pelo nosso jornalismo esportivo que mescla a cor marrom com o verde, foi fruto direto da incompetência administrativa do rubro-negro. O Atlético é um clube com torcida incansável e sempre presente, tem estrutura invejável, viveu uma revolução no final dos anos 90 que culminou em título brasileiro, Seletiva da Libertadores (uma espécie de Copa do Brasil) e participação na Libertadores inimaginável a um clube do estado do Paraná. A revolução era pra ser contínua não fossem os erros no departamento de futebol em empréstimos, apostas bizonhas e integração de diretores não comprometidos com a Instituição.

Atitudes de amadorismo no comando do clube, contratações errôneas e apostas infelizes nos trouxeram até aqui. É bem verdade que houveram acertos como a Copa do Mundo ser confirmada na Baixada, algo inevitável pela nossa estrutura, além da boa participação no Brasileiro do ano passado. Só que via-de-regra o clube foi mal no que mais importa: o futebol. Uma alteração no método de pensar do Atlético precisa ser feita, isso pode acontecer através de uma participação efetiva dos sócios-torcedores do clube dentro da diretoria, tudo isso mesclado com um comandante de voz firme, que os adversários temam, multiplicador de acertos e visionário. Por qual nome atende essa voz?

Em tempo: Na coluna do Mafuz de hoje no Paraná Online surgiu uma informação de que Paulo Rink seria candidato a presidência do Atlético Paranaense, o ídolo atleticano teria exigido a união de gregos e troianos no clube. Resta saber até que ponto isso é verdade. Se for, um presidente tem que ter exatamente esse pensamento: união em prol do clube e humildade de pedir conselhos para o Petraglia.



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