O bordão é velho e surrado, porém se ele perdura por tanto tempo é porque ainda é válido, então vamos a ele: existem derrotas e derrotas.

Existe aquela onde se faz tudo de modo correto e os adversários são melhores. Outra é quando os adversários são melhores e se faz tudo errado. Penso que o CAP se inclui neste segundo tipo.

O que lamentavelmente ocorreu hoje é o resultado de equívocos e mais equívocos que se somam desde de 2004. Sim 2004! Último ano em que o CAP montou uma equipe de verdade. Pois, aquela que chegou a final da Copa Libertadores era mais empolgação do que qualidade.

O estado de coisas a que chegamos, fritando jogadores jovens da base, promovendo outros sem qualidade, contratando sem critério, trocando de técnico todo o mês não é algo desta temporada. É uma irritante recorrência.

Culpar esta gestão é correto, porém simplista, pois oblitera que o problema vem de longe.

As pessoas que acompanharam a temporada de 2004 podem se lembrar que aquele foi último momento onde o CAP quis de fato ser grande! Depois disso nos contetamos em sermos meros figurantes, e maus figurantes! Nos fugiu a ambição, positiva, de querer ser grande e de fazer por onde para que isso ocorresse.

Por fim, é sempre pertinentes lembrarmos que em momentos de crise, de abalo inúmeros salvadores de plantão podem surgir. Todavia, vale recordar que no caso do CAP alguns deles são igualmente responsáveis. Por esse lamentável estado de coisas.