Mais uma vez vimos nosso pior inimigo fazendo a festa na nossa casa. Não sou cínica e fria o bastante para parabenizar a porcarada, pois mesmo que os números revelem uma boa campanha, o Atlético não fez a lição de casa, deixou o time de verde e branco fazer o que quisesse, não teve ataque e muito menos defesa satisfatória. E assim o domingo de Páscoa dos atleticanos não foi nada doce.

Vimos nosso furacão jogando sem garra, sem raça, e sem a dignidade e o amor necessários para vestir a camiseta do Atlético Paranaense. Esse mesmo amor que a torcida atleticana não deixou de ter, lotando a baixada, gritando e incentivando o time, até o final da partida!

Mas a nação atleticana está cansada de ver a falta de comprometimento tanto de jogadores, como de dirigentes que sempre prometem melhoras, que nunca chegam. Mas como diz o ditado ‘esperança é a última que morre’ e ainda mais a esperança de torcedor. Nós ainda estamos aqui acreditando na melhora rubro negra. E a chance está ai, a Copa do Brasil, competição inédita para o futebol paranaense, traz prestígio e ainda garante uma vaga na Libertadores da América.

Muitos torcedores se empolgam facilmente, basta um jogo ganho para esquecer a derrota passada. Mas eu quero mais do que uma vitória, eu quero o Furacão forte para muitas vitórias, claro que as derrotas fazem parte do futebol, mas é preciso dignidade até nessa hora. É preciso resgatar aquele espírito de guerreiro rubro negro que tem raça e não teme a própria morte para conseguir um Atlético capaz de disputar títulos e de preferência com uma escala maior do que o do campeonato paranaense.

A minha parte eu faço, sempre fiz e sempre vou fazer, incentivar o Furacão. Mas quem torce com vigor possui esse mesmo sentimento na hora de cobrar, afinal ninguém brinca com a nossa paixão!