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26 abr 2011 - 12h27

Barcetiba ou Corilona?

Olha, vou dizer uma coisa: quanto ao título estadual ganho pelo Coxa, nenhuma surpresa, pois eles não iriam mesmo perder a última partida dentro de casa; o que realmente me surpreendeu no domingo foi a derrota para eles, que ninguém, de sã consciência, acreditava pudesse vir a ocorrer, nem mesmo a sua própria torcida e a nossa tendenciosa e medíocre mídia esportiva local.

Mas aconteceu.

Sinceramente, antes de começar a partida, eu esperava ver o famoso Barcetiba ou Corilona indo para a frente, de toquinho em toquinho, no mais puro e envolvente estilo mineiro –aliás, tirante o Cruzeiro e o Atlético de Minas Gerais, o Coritiba é o mais mineiro dos clubes brasileiros, a começar do patrocínio e a terminar no técnico e no seu estilo de jogo- e nós, marcando forte a partir do nosso campo e saindo velozmente para o ataque quando roubássemos a bola.

Nada disso: aconteceu exatamente o contrário.

Enquanto eu olhava para o cronômetro da televisão e verificava que o jogo já estava alcançando a marca dos 30 minutos, constatava, até certo ponto perplexo, que o Barcetiba ou Corilona ainda não tinha aparecido no gramado, nem mesmo depois da expulsão do homem do “cotovelo automático”, que ocorreu logo ao oitavo minuto da disputa.

A essa altura, pensei: putz, não fosse a expulsão do maluco do Manél, era vitória na certa, magra, mas certa; agora vai ficar um pouco mais difícil…

Nem bem terminava esse pensamente e pimba: gol deles, de cabeça e do exato local onde deveria estar o Manél caso não houvesse sido expulso.

O panorama do jogo, todavia, não modificava em nada…e nada do Barcetiba ou Corilona aparecer no gramado.

De repente, um atacante deles, querendo se livrar da bola, chutou-a despretensiosamente para o campo adversário e pimba: dois a nenhum…e nada do Barcetiba ou Corilona…

Imaginei: bem, com toda a certeza, ele virá para o segundo tempo, pois já estando a ganhar de 2 x 0 e com um jogador a mais, vai botar toda a nossa gente de “peru na roda”, até o jogo acabar.

Que nada… nem o Barcetiba nem o Corilona, afinal, apareceram para jogar na Arena.

Quase no finzinho, aproveitando-se da nossa estéril e infrutífera pressão, pimba: três a nenhum, placard final.

Olha, eu não me importaria de perder de três ou quatro para o Barcetiba ou Corilona, mas ontem, como se pode simplesmente constatar, perdemos em Casa para o simples Coxa, ou antes, para nós mesmos, diante da absurda desorganização, em todos os níveis, que impera em nosso Clube.

Tá certo que o juizão também deu uma “mãozinha sidrakiana” –lembram do Sidrak Marinho, aquele que, sutilmente, na miúda, encaminhava o jogo para o lado que bem entendesse?- e de que o “cotovelo” do Manél também colaborou, mas perdemos para o Coxa de sempre, não do Barcetiba ou Corilona; é isso que me deixa mais apreensivo.

Não sou daqueles –e meus escritos pregressos bem o dizem- que criticam veementemente este ou aquele, isto ou aquilo, até porque acredito que temos sim, no nosso elenco de jogadores, alguns bons atletas.

Agora, diante do que aconteceu recentemente e do que já vem acontecendo há algum tempo com a nossa Diretoria, vale dizer, das absurdas estultices que a vem caracterizando, sou obrigado a concordar de que o nosso Furacão -sem dúvida alguma, o Clube mais amado deste nosso Brasil- encontra-se na mesma situação de um imenso e luxuoso transatlântico que, por absoluta ausência de qualquer tripulação qualificada, navega à deriva em mares nem tão revoltos, levando, contudo, seus mais de um milhão de passageiros, aos completos desespero, insatisfação, revolta e insegurança.

Onde não existe comando, não há ordem; onde todos querem mandar, ninguém manda…

Ontem, em verdade, não chegamos a bater em nenhum iceberg…foi só uma marolinha a toa –como diria Luiz Ignácio-, mas que foi o suficiente para fazer três grandes rombos em nosso casco, além de inúmeros outros que já nele temos.

Já passou da hora de consertar o navio e, depois, confiá-lo a uma tripulação que efetivamente queira levá-lo com competência e seriedade ao seu verdadeiro destino: o Porto do Completo Sucesso e Definitiva Afirmação no Cenário Futebolístico Nacional.

Ah…alguém me disse que o Barcetiba ou Corilona, que não foi à Arena para jogar contra nós, vai novamente aparecer no último jogo do campeonato…

A todos os nossos dirigentes –enquanto dirigentes e não pessoas- os meus mais efusivos votos de repúdio e de indignação, principalmente pela maneira desinformada, desinteressada e indisfarçavelmente irresponsável com que gerenciam os interesses do nosso Clube Atlético Paranaense-.



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