Lucas quer encerrar jejum de gols contra o Rio Branco
Ídolo da torcida e referência do ataque atleticano no começo da temporada, Lucas vive agora um momento de instabilidade na sua segunda passagem pelo Atlético. Desde que trocou o Japão pela Arena, o atacante fez 18 partidas (15 pelo Estadual) e balançou as redes por sete vezes (quatro no Paranaense), sensação que não vive há um mês, quando marcou seu último gol com a camisa rubro-negra, na partida com o Cascavel.
Desde então, Lucas vem perdendo espaço no time armado por Adílson Batista e sua última partida como titular aconteceu em 16 de março, na vitória por 2 a 1 sobre o Paranavaí, na Arena. De lá para cá, o jogador tem amargado o banco de reservas, de onde só saiu no segundo tempo ou nos minutos finais, como no clássico contra o Coritiba que definiu o Campeonato Paranaense.
Mesmo assim, o atacante prefere manter a cautela quando o assunto é a titularidade perdida. “Não coloco pressão, não tem isso. O Adilson chegou e foi bem sincero, disse que achava que a equipe deveria jogar de uma outra maneira – o que deu certo, apesar da derrota na última partida. Particularmente no meu caso, é questão de opção. Ele quer jogar com jogadores mais velozes e eu vou ter que me empenhar para mostrar para ele que posso jogar nesse esquema”, afirmou em entrevista coletiva à imprensa hoje pela manhã no CT do Caju.
Sobre o jejum de gols, Lucas se mostra bastante decepcionado, principalmente após ter emplacado uma boa sequência de gols em seu retorno ao futebol brasileiro. “Gostaria que a média fosse melhor, mas agora tenho jogado só vinte minutos e aí falam que eu tenho 18 jogos e sete gols. Mas eu procuro não colocar isso como pressão, busco praticar nos treinamentos e a partir do momento que você marca um, dois gols, a fase muda. Centroavante vive de gols e vou tentar, no sábado, ganhar essa confiança”, decretou.
Já ao fazer uma avaliação do momento vivido no clube, o atacante foi bastante sincero, mas negou estar em má fase. “Bom não é, né? Não fujo da realidade. Bom seria se tivesse atuando e marcando gols, mas não acho que seja má fase. Fase ruim é quando o cara não quer contar contigo, o grupo não confia em você e vocês da imprensa fazem críticas. E aqui eu não vejo isso, as críticas são sempre em cima do resultado das partidas. Isso é possível reverter. Se eu não tivesse feito gols, saberia que as críticas seriam mais pesadas”.
Por isso mesmo, Lucas quer começar sua “volta por cima” já neste sábado, contra o Rio Branco, partida que ele não considera menor pelo fato de o Paranaense já estar definido. “Em termos de campeonato, a gente sabe que não tem valor. Mas é uma oportunidade, tanto para os jovens quanto para mim, de ganhar ritmo de jogo e mostrar para o treinador minhas qualidades, tudo para que, no decorrer do ano, eu possa substituir ou atuar da melhor forma”, explicou.
Embora Adílson Batista não tenha confirmado os titulares para o embate, Lucas espera ter uma chance para mostrar que pode ser titular também na Copa do Brasil. “Existe o problema do departamento médico, tem jogadores importantes que talvez não possam atuar, então é uma preparação para o treinador saber quais características vai pode usar na quarta-feira (contra o Vasco, na Arena). Não gosto de encarar como teste, mas pode ser, sim, uma avaliação para o treinador saber a qualidade da equipe”, encerrou.
Antes de pensar no Vasco, porém, o Atlético realizou nesta sexta, no CT do Caju, seu último treino antes de encarar o Rio Branco pela última rodada do Campeonato Paranaense. A delegação deve ficar concentrada em Curitiba até o sábado pela manhã, quando então embarca para Paranaguá. A partida acontece neste sábado, às 16h.