Gritei gol*
Era início de campeonato, o técnico Marcos Bananelli chegava ao Atlético depois de uma negociação conturbada, o comandante rubro-negro anterior Mário The Legend gozava de enorme prestígio, trouxe o maior título da história do clube, além de modernizar a forma de jogo da Instituição. Trouxe orgulho aos atleticanos e ódio aos rivais, só que como todo técnico que fica uma longa data no clube, acabou desgastado e saiu de cena para dar lugar ao Marcos
A escalação do clube passou por alterações duvidosas, uma contratação polêmica foi a de Ocimar Gralha, atacante que estava no Santos e originalmente era do rival Paraná Clube quando ele ainda existia. Gerou desconfiança da torcida atleticana, o técnico Bananelli arcou com as consequências e garantiu que o atacante Gralha iria fazer vários gols no departamento de futebol trazendo companheiros de renome no futebol brasileiro. Era início de trabalho, não poderíamos deixar com que a desconfiança precipitasse de forma a não deixar que o acerto ocorresse. Bananelli garantiu títulos e investimento em futebol, não focando somente em estrutura na forma institucional de jogo.
Várias partidas aconteceram, Ocimar Bolicenho mostrou-se um atacante com grande falta de pontaria, sem ritmo de jogo e fazendo até mesmo gols-contra inacreditáveis. Além do mais trouxe companheiros de jogo pífios, advindos de clubes de pequena expressão, assim como o seu originário clube. Quase nenhum acerto ocorreu. O técnico não me dá condições boas de jogo, há falta de bolas para eu chutar em direção ao gol afirmou Gralha. Nisso ele tinha razão, a incompetência tornou-se geral. Até mesmo o rival verde passou a vencer o Atlético. A torcida enxergando o óbvio, protestou, exigiu sua saída. O técnico complacente com o mal-desempenho, não podia deixar o amigo atacante abandonado, confirmou sua permanência e ainda afirmou: Esse é um dos atacantes de maior qualidade no Brasil, com eles os gols irão aparecer.
A torcida até perdeu a esperança. Sedenta por tempos melhores e para ter atleticanos competentes em seu elenco o pessimismo tomou conta. Parte do elenco institucional do Atlético protestou, na mesma sintonia que a torcida queria a eliminação do Gralha do elenco, ele era arrogante, insistia em errar e ainda tinha aval do técnico Bananelli. Foi então que Gralha viu que a sua incompetência não era mais tolerável, quase ao final do campeonato de três anos de Bananelli ele resolveu fazer um golaço, saiu pelas portas do fundo e balançou as redes. Desistiu e abandonou o navio que ele deixou quase afundar. Com bastante dinheiro atleticano no bolso Gralha não era mais jogador do Atlético. E o narrador gritou GOOOOOOOOL, do Atlético, dos atleticanos, do nosso presente e futuro!
* História meramente fictícia, a possibilidade dela ser verdadeira é a mesma de encontrar o Bin Laden.