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3 maio 2011 - 17h54

Gritei gol*

Era início de campeonato, o técnico Marcos Bananelli chegava ao Atlético depois de uma negociação conturbada, o comandante rubro-negro anterior Mário The Legend gozava de enorme prestígio, trouxe o maior título da história do clube, além de modernizar a forma de jogo da Instituição. Trouxe orgulho aos atleticanos e ódio aos rivais, só que como todo técnico que fica uma longa data no clube, acabou desgastado e saiu de cena para dar lugar ao Marcos

A escalação do clube passou por alterações duvidosas, uma contratação polêmica foi a de Ocimar Gralha, atacante que estava no Santos e originalmente era do rival Paraná Clube quando ele ainda existia. Gerou desconfiança da torcida atleticana, o técnico Bananelli arcou com as consequências e garantiu que o atacante Gralha iria fazer vários gols no departamento de futebol trazendo companheiros de renome no futebol brasileiro. Era início de trabalho, não poderíamos deixar com que a desconfiança precipitasse de forma a não deixar que o acerto ocorresse. Bananelli garantiu títulos e investimento em futebol, não focando somente em estrutura na forma institucional de jogo.

Várias partidas aconteceram, Ocimar Bolicenho mostrou-se um atacante com grande falta de pontaria, sem ritmo de jogo e fazendo até mesmo gols-contra inacreditáveis. Além do mais trouxe companheiros de jogo pífios, advindos de clubes de pequena expressão, assim como o seu originário clube. Quase nenhum acerto ocorreu. “O técnico não me dá condições boas de jogo, há falta de bolas para eu chutar em direção ao gol” afirmou Gralha. Nisso ele tinha razão, a incompetência tornou-se geral. Até mesmo o rival verde passou a vencer o Atlético. A torcida enxergando o óbvio, protestou, exigiu sua saída. O técnico complacente com o mal-desempenho, não podia deixar o amigo atacante abandonado, confirmou sua permanência e ainda afirmou: “Esse é um dos atacantes de maior qualidade no Brasil, com eles os gols irão aparecer”.

A torcida até perdeu a esperança. Sedenta por tempos melhores e para ter atleticanos competentes em seu elenco o pessimismo tomou conta. Parte do elenco institucional do Atlético protestou, na mesma sintonia que a torcida queria a eliminação do Gralha do elenco, ele era arrogante, insistia em errar e ainda tinha aval do técnico Bananelli. Foi então que Gralha viu que a sua incompetência não era mais tolerável, quase ao final do campeonato de três anos de Bananelli ele resolveu fazer um golaço, saiu pelas portas do fundo e balançou as redes. Desistiu e abandonou o navio que ele deixou quase afundar. Com bastante dinheiro atleticano no bolso Gralha não era mais jogador do Atlético. E o narrador gritou GOOOOOOOOL, do Atlético, dos atleticanos, do nosso presente e futuro!

* História meramente fictícia, a possibilidade dela ser verdadeira é a mesma de encontrar o Bin Laden.



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