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24 maio 2011 - 8h41

Sem craques, mas com bons jogadores

Depois de uns três anos volto a me manifestar aqui no Fala, Atleticano, e mais uma vez em momento ruim, que vive o nosso rubro negro. Pois é rapaziada, já começamos o brasileiro, mais uma vez, às portas da zona do rebaixamento. E dessa vez não, dá pra dizer que é por falta de jogadores. Até faltam alguns jogadores, mas nem tanto assim, de modo a autorizar uma goleada inapelável e vexatória como aquela de sábado para o xará mineiro.

Particularmente eu era contra a vinda de Adilson Batista, pois, se o admirava como jogador, por sua categoria e liderança, como treinador, passagens por Santos e Corinthians, mostraram sua teimosia, fragilidade tática e uma invencível tentação a invencionice, aliada a arrogância e mau humor, que juntas tornaram efêmera sua passagem por aqueles clubes.

A derrota no Atletiba, já dava prenúncio de que Adilson, o teimoso, faria das suas dali pra frente. Lembro-me que no clássico, substituiu Branquinho, que infernizava a defesa coxa, para colocar em seu lugar o desconhecido Jenison. Peraí: Jenison? Pois é, inventou Jenison no lugar de quem estava produzindo. Poderia até ter colocado o Madson, mas Jenison? A invenção foi gravíssima, mas até passou batida pela idiotice de Manoel, que foi expulso de campo nos 10 primeiros minutos e deixou o time com 10 em campo Pois bem, jogo e título foram perdidos, e Manoel condenado. Esqueceu-se o evento Jenison e o baile seguiu.

Vem o jogo diante do Vasco da Gama, dentro de casa, precisando ganhar. E lá vem aquela escalação estranha, sem atacante de área e com um meio campo formado por Deivid, Robston e Paulo Roberto. Pra que? Ora, pra não tomar gol. Pois bem, vamo-que-vamo, temos que acreditar. Pois tomamos dois gols e escapamos da derrota por um golpe de sorte, tendo que se conformar com um empate diante de um time medíocre. O empate em 2 x 2, praticamente nos obrigava a quebrar um tabu e vencer pela primeira vez em São Januário.

Lá no Rio, Adilson manteve a mesma meiúca com o sensacional trio de volantes formado por Deivid, Robston e Paulo Roberto. Não estava dando certo, o time não atacava e a qualidade do meio, era esperado, inexistia. Pois, quando pensei que no intervalo, o mestre colocaria mais um meia, ou o Nieto, kkkk….ele me coloca o tal Wendel, outro volante, no lugar de Robston. Chutei o balde. Não era possível que ele estivesse gostando da produção do time, do sistema que ele montou. O tempo passou, passou, passou e nada. Cansado de chutar a mesa, vi quando decorridos mais da metade do segundo tempo, Adilson colocou em campo Madson e Nieto. Não tardou e gol saiu, mas os três volantinhos continuavam lá. O Vasco empatou e a culpa, é claro, recaiu sobre o Manoel e mais uma vez, o nosso treinador passou incólume e com créditos junto a mídia, parte da torcida(pois afinal, foi eliminado e a culpa não foi sua(sic)).

A culpa do empate foi do Manoel? Eu diria que foi, mas se tivesse o Adilson Batista, saído com pelo menos um atacante de área….a história certamente seria outra.

Sem título paranaense, eliminado da Copa do Brasil mais fácil de todos os tempos, que venha o brasileiro. Reforços daqui e dali, parecia que poderíamos montar um bom time, para a estréia contra um adversário limitado e com vários desfalques. Calcula-se: dá pra ganhar, ou na pior das hipóteses um empatezinho mixuruco já serve.

Cacete!! Quando vi o time escalado daquele jeito….falei aos meus filhos: “me tira o tubo”. O mestre Capitão América se superou. Quatro volantes, um meia e um ponta direita. Nem o Carpegiani nos áureos tempos de 4 zagueiros de área foi tão Pardalzão. O time já entrou derrotado. Restava saber de quanto.

Eu pergunto: O que tinha na cabeça o nosso treinador? E no banco estavam Madson, Branquinho, Nieto, Adailton, Heverton. Para né Adilson! Tá de sacanagem? E pior, quando foi substituir, ainda tirou o Cleber Santana, quando deveria tirar Paulinho, e ter colocado Madson, Nieto ou Branquinho. Pra surpresa geral da nação atleticana…ele colocou apenas Adailton. No decorrer do segundo tempo, novamente o treinador surpreendeu, quando retirou de campo um dos poucos que se sobressaiam (Rômulo), para colocar mais um volante(Wendel).

Peraí! Errou e inventou tudo que podia e não vai acontecer nada? Pasmo com o que aconteceu, pensei, em ouvir a coletiva pra ver a explicação…tem que ter uma explicação. E teve: Adilson disse, que se tivesse saído jogando com Branquinho e Madson, teria tomado seis…eu disse seis. Pô, peraí de novo: mas então o time que saiu era pra tomar só três? Claro que não. Ele queria ganhar, mas suas palavras podem e foram mal interpretadas e intempestivas, pois além de tudo, desvalorizou nossos jogadores.

Bonito mesmo, seria se Adilson Batista depois de toda a lambança que fez, chegasse aos microfones, e ao invés de ficar afrontando a imprensa, se dignasse a pedir desculpas aos atleticanos e reconhecer o seu erro, o ridículo a que se submeteu e principalmente a que submeteu o Atlético. Não reconheceu e ainda defendeu o seu sistema com um amontoado de jogadores sem função, me lembrando o Roberto Fernandes e o Mário Sérgio.

Adilson Batista: Um amigo internauta me disse: “Duvido que se saísse jogando o Branquinho e o Madson, metendo bola para o Nieto, este não fizesse uns golzinhos!”. Eu também duvido. Tenho certeza que as chances surgiriam aos montes. Mas parece, que nosso treinador não pensa assim, pois com esta formação, o medo de ganhar é evidente e gols só virão ao acaso.

Li vários textos publicados no “Fala, Atleticano” e muitos, além de fulos da vida, se põe a sugerir um time pra entrar em campo, que mostre uma nova cara atleticana. O Atlético carece de reforços é claro, mas com o que tem, dava pelo menos pra montar um time razoável, que não desse o vexame de ter que se posicionar com cinco volantes num jogo só.

Renan Rocha, Rômulo, Manoel, Rafael Santos e Marcelo Oliveira; Paulo Roberto, Cleber Santana, Branquinho, Madson e Paulo Baier; Nieto. Este seria o meu time, em cima do que temos, com Branquinho e Madson velozes armando o jogo pelos lados e partindo pra cima. Nieto no comando de ataque e Baier vindo de trás com Cleber. Um lateral apoiando de cada vez e Paulo Roberto que corra. E ainda teria Kleberson, jogador que ainda deposito muita confiança e que pode assumir lugar na meia, ou de volante a qualquer momento. Guérron iria para o banco devido a mudança de sistema.

Adilson deve esquecer os três volantes, esquecer de vez, pois isso não funcionará, como não funcionou o Geninho querendo inventar zagueiro de lateral, pra imitar o São Paulo. É hora de fazer o simples, o feijão com arroz. Se o Atlético não tem grandes craques, seguramente tem bons jogadores. E se não é pra ser campeão, também não é pra dar vexame, do nível daquele dado em Minas.



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