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24 maio 2011 - 11h15

Um time de 11 volantes

Adilson, não vejo a hora que o Furacão consiga fechar com o Correia.

Seria excelente!

O time ficaria consistente e teria grandes chances nesse brasileiro. Imagine essa escalação:

Renan Rocha no gol, Deivid, Robston, Fransérgio e Marcelo Oliveira formando a primeira linha defensiva.

Para o time ficar bem seguro, uma segunda linha seria formada por Paulo Roberto, Kleberson, Guilherme Batata e Wendel e mais adiantados um pouco estariam o Correia e o Cleber Santana.

Timaço!!

Esse sim, seria o time que todo atleticano sonha.

Ora… Vamos parar de se acadelar…

O Furacão já está desclassificado da Copa do Brasil por pura covardia. Empatamos um jogo fora contra o fraquíssimo Vasco (quase perdeu em casa para o Avaí que normalmente joga a série B) em que fizemos um gol que foi obra do acaso. Madson sequer teve a intenção de meter a bola para o Nieto que teve o mérito de estufar as redes. Aliás esses dois, que deveriam ser titulares, infelizmente esquentam banco no seu time.

No jogo contra o Vasco, tínhamos que vencer fora de casa, jogar em busca dos gols. O torneio estava indo pro vinagre e o senhor fez susbstituições sem qualquer ambição. Tirou um volante (Robston), meteu outro (Wendel). Tirou um meia (Branquinho), meteu outro (Madson), tirou um atacante (Guerron), meteu outro (Nieto).

Pra mim a desclassificação não foi surpresa. O que me surpreendeu foi acabar o jogo e perceber uma certa satisfação por não termos perdido. Lamentável.

Pois bem, começa o Brasileiro e vemos o que? Paulo Roberto com a 9 e Marcelo Oliveira (chegou ontem e sentou na janela) com a 11. Não me recordo de ter visto algo semelhante na história do CAP. Pelo menos desde que eu acompanho (1992). Confesso que ao ver a escalação, me deu vontade de desligar a TV, mas por insistência e paixão me mantive em frente à tela.

Minha cerveja ainda estava no começo quando o Marcelo Oliveira não acompanhou o Toró, que atravessou a avenida Paulo Cesar Elias e abriu a contagem em Sete Lagoas. Foi o suficiente para eu ir curtir o final de tarde com a minha afilhada, afinal sou atleticano até a morte, mas não sou burro a ponto de achar que teríamos qualquer chance de virar o jogo com aquele time.

Enfim, há tempos vemos em campo um time que se limita a bolas paradas. Um time sem estrutura tática, que depende de um craque que já tem idade avançada. Ora, se dependemos de bolas paradas, por que o Nieto não joga? Mesmo sem ser o avante que gostaríamos, sem dúvidas o gringo saber fazer gols, mas de que adiante cruzar se só temos o acéfalo Guerron na área.

Bem, como dizem por aí, nada é tão ruim que não possa piorar. Quando eu imaginava que todos chegaram às mesmas conclusões com o jogo de sábado percebo que estava enganado.

Ao ler a matéria “Adilson Batista defende opção tática de vários volantes” fico indignado ao constatar que o comandante elogiou a atuação do Marcelo Oliveira, que não acompanhou no primeiro gol, nem no terceiro e não criou nada ofensivamente, dizendo que este havia feito um baita jogo, eheheh, acho que deve ser piada.

Na mesma matéria, Adilson Batista defende a tese de que se tivéssemos entrado com um time ofensivo com Madson, Branquinho e companhia, teríamos levado uma goleada ainda mais elástica. Lamentável versão 2. Vamos empatar todas então ou perder de pouco que está bom. É brincadeira?

Para finalizar, não dá pra entender a insistente busca por reforços de meio de campo, quando na verdade não temos um atacante sequer que tenha condições de amedrontar os adversários.

Só este ano já chegaram Kleberson, Robston, Wendel, Cleber Santana, Paulo Roberto, Marcelo Oliveira, isso sem falar dos que já foram embora, como o Alê por exemplo. Mas o CAP é como coração de mãe, então que venha o Correia para que o Adilson possa enfim escalar o time do início do texto.

É claro que com esse time, como dito no primeiro parágrafo, teremos grandes chances neste Brasileiro… De terminar entre os quatro últimos.



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