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28 maio 2011 - 8h33

O retorno de um revolucionário injustiçado

A análise das coisas de forma precipitada tende a ser cruel. Um revolucionário torna-se um ditador, as vitórias conquistadas tornam-se meras estrelas atrás de uma fumaça jogada pelos inimigos que antes eram aliados: fogo amigo. Digo sem medo de ser imediatista, tolo, imaturo, pensando em prol do Atlético Paranaense a volta do Mário Celso Petraglia é uma necessidade. Apenas como atleticano, desses que deixam o Atlético se mesclar à nossa vida fazendo com que uma derrota do clube torne-se uma tristeza pessoal, enxergo a volta de Petraglia como uma nova possibilidade de mudança, como uma luz em tempos de trevas.

Entende-se que um revolucionário age ainda mais corretamente e firme em tempos de crise, no tempo em que a batalha é necessária para a sobrevivência. O guerreiro atleticano já possui nome e está querendo voltar. Suas conquistas a frente do batalhão rubro-negro foram épicas, conquistas territoriais que a nossa nação desfruta e carrega com orgulho: Baixada e CT do Caju. A estrela da batalha mais árdua brilha em nosso peito, como uma condecoração contra exércitos do eixo com contingentes maiores, só que nem por isso com guerreiros de massa com maior qualidade que a nossa. A estrutura de batalha montada foi reconhecida mundialmente com uma Copa do Mundo podendo ser realizada em plena Baixada, inimaginável.

Petraglia padece do mal do negativismo entre parte dos atleticanos, principalmente por atitudes equivocadas tomadas contra o contingente de massa nas arquibancadas. Os erros de contratação de soldados também aconteceram, só que acontecem até hoje. Pode até ter errado, só que isso não implica no esquecimento de todos os acertos. Digo sem medo, o Atlético é o que é hoje graças a Petraglia, é bem verdade que ele lutou com um acumulado de forças, só que sua capacidade de liderança foi decisiva, a defesa do escudo rubro-negro diante de todas as forças contrárias ou ocultas foi sempre presente. Jamais abaixou a cabeça, pelos adversários era respeitado.

O rótulo de viúva já não cabe, soa tão leviano, como se recordar do título do Campeonato Brasileiro ou a época em que o Atlético estava em ascensão fosse algo errado. Petraglia está mais vivo do que nunca, sua volta é uma necessidade em prol do nosso clube, de uma nova revolução e de tempos de luz nas trevas que nos encontramos. As eleições são uma forma de mudar o nosso clube, só que o preço da espera até o final do ano será grande. É bem verdade que a democracia deve vigorar, então peço encarecidamente aos que estão no poder: tenham a humildade de ouvir o Petraglia, de colocar ele nos holofotes novamente, garanto que o resultado será gratificante. Do contrário peguem o chapéu e tomem seus rumos, sentem na arquibancada torcer e deixem o ato de administrar para quem sabe. O que pode ser aproveitado que fique, o câncer pode sair.

Eu, como todo atleticano, quero o melhor para o Atlético Paranaense. O caminho para isso chama-se Mário Celso Petraglia.



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