Ah, que bom seria…
Nosso time está mal das pernas. Embora o elenco seja qualificado, ainda não houve uma mostra disso. Culpa, única e exclusivamente, de nosso técnico.
Adilson é teimoso, talvez até mais do que deveria. Até o momento, só tenho me decepcionado com a forma que ele resolve escalar o time. E só quando ele, enfim, obedeceu ao que a torcida exigiu, o time conseguiu criar mais. Está tão claro!
O que dizer de uma formação com quatro volantes que, além de não proteger o miolo, ainda toma gol aos cinco minutos do primeiro tempo? Além de tudo, parece que a bola anda queimando nos pés dos nosso jogadores. Salvo raras exceções, nosso time está medroso. Ninguém quer saber de partir para cima, de romper, de infiltrar. Ficamos só naquele toque para o lado que, além de previsível, nunca serviu para nada no futebol.
Paulinho é um lateral medíocre, mas continua sendo utilizado em todos os jogos. Em quase um ano que está servindo o Atlético, houve pouquíssimo progresso. É um jogador burocrático, previsível e constantemente recebe vaias dos torcedores. Vaias estas, por vezes, merecidas.
Desde que foi desmanchada no início da temporada, nossa zaga nunca mais foi a mesma. A dupla Rafael Santos e Manoel não se entende nem por cima nem por baixo. Quando uma bola é alçada na área do Atlético, é sempre aquele Deus-nos-acuda que já cansou. São os mesmos erros infantis, jogo a jogo.
Sem contar que temos uma grande carência no que diz respeito à criação de jogadas de efeito. Ainda estamos jogando ao ritmo do Paulo Baier, que nos foi muito útil desde que chegou ao Atlético. Acontece que até mesmo os maestros cansam e precisam de um alívio. Isso não tem sido visto com atenção.
É um pecado o que tem acontecido com Branquinho e Madson. Quando jogam juntos, infernizam a zaga adversária e criam exatamente o que tem faltado ao Atlético.
Guerrón tem errado gols com muita frequência. Tem se posicionado de uma forma difícil, que não é de sua característica. Não seria o caso de substituí-lo por Nieto? Assim, Adaílton também teria mais chances no time titular. Por sinal, Adaílton é um jogador diferenciado e vem fazendo jogos regulares. Tudo porque não tem um companheiro de ataque que parta para cima e faça jogadas agudas com ele.
A pergunta, Adilson, é a seguinte: até quando você vai inventar no Atlético? Até quando você vai brincar com a escalação, achando que é assim que se vence jogo? Até quando você vai deixar que façam festa em nossa casa? Até quando vamos ser um time sem representatividade? Até quando você vai ouvir o nome de Geninho sendo gritado pela torcida e vai achar que não é uma ameaça?
‘Ah, que bom seria se o Adílson escalasse certo algum dia!’